HISTÓRIA02/05/08, 06h43

Uma curiosidade na numeração do time de 85

Naquele ano, Dida era o camisa 4 e Heraldo o camisa 6 do time que foi Campeão Brasileiro

Uma tradição que perdurou durante anos no Coritiba casou dúvidas em alguns internautas coritibanos: por que motivo havia uma 'inversão' nas camisas de Dida e Heraldo quando atuaram no Maracanã, em 1985, na decisão do título brasileiro?

A curiosidade virou notícia no COXAnautas, com a ajuda dos Helênicos, historiadores do Verdão, que explicam o motivo. Confira:

"No time de 1985, o lateral-esquerdo atuava com a camisa 4 e quarto zagueiro com a 6. Era assim mesmo. A escalação do time de 85 era: 1-Rafael, 2-André, 3-Gomes, 4-Dida, 5-Almir, 6-Heraldo, 7-Lela, 8-Marildo, 9-Índio, 10-Toby e 11-Édson.
Tirando a inversão Heraldo-Dida, os demais estavam numerados no padrão 4-4-2 utilizado na década de 80.

No meio-campo formado por três jogadores, que eram originalmente volantes , o Almir (5) jogava mais recuado, quase que como um terceiro zagueiro,fazia a função do volante propriamente dito. Marildo (8), jogava como segundo volante pela direita e Toby (10) era o meia-esquerda que atuava mais avançado.

Quanto a inversão da numeração na lateral, não está claro o que houve, mas vinha desde 1984. O Coritiba começou a usar esta numeração do lateral-esquerdo com a 4 e o quarto-zagueiro com a 6 na metade da década de 70 e seguiu assim até 1980, pelo menos (Carlos Gardel Bruno com a 6 era clássico!).

Não se sabe o motivo real da escolha, mas, acredita-se que tenha ocorrido a troca da numeração quando o Cláudio Marques (o jogador com maior número de títulos com a camisa Coxa na história do Clube) passou da zaga para a lateral. Provavelmente, ele carregou o número 4 com ele e deixou a 6 para o quarto-zagueiro.

Mesmo depois da saída do Cláudio, a coisa continuou do mesmo jeito... até o início da década de 80. Depois da saída do Evangelino, os laterais voltaram a usar a numeração tradicional, como Sérgio Moura, em 1981.

Em 1984, quando o Bob Lattes tentou resgatar algumas coisas do passado, como a camisa toda branca e a meia listrada, é bem possível que também tenha trazido de volta a numeração invertida com Carlos Alberto Rocha já usando a 4.

Como a base do time de 1985 começou a ser formada em 1984, a numeração permaneceu a mesma para o ano do título nacional e Dida, que era 6 no Colorado, ganhou a 4 no Coritiba", explica Sílvio, dos Helênicos.

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