Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Qual o impacto nos jogadores, do pênalti a menos de um minuto, visto que sete jogadores estavam jogando pela primeira vez no Couto? “O impacto é real, até para uma equipe profissional. Mas eles conseguiram superar, apesar de que alguns ali tem 17 anos somente. Não aceitamos a derrota da forma que foi, mas considero que algumas coisas boas aconteceram hoje aqui”.
Como avalia o jogo de hoje? “O jogo foi condicionado por um pênalti que aconteceu aos 30 segundos de jogo, depois tivemos mais a bola, o Londrina baixou mais suas linhas, mas aos 16 minutos tomamos o segundo, num impedimento do jogador que não foi dado. No segundo tempo voltamos melhor, mas fomos derrotados. Temos muita coisa boa para tirar desse jogo, claro que a derrota foi sentida, mas teve situações em que os atletas estavam jogando o estadual sub-17 e de repente de depara com a torcida pela primeira vez”.
Acha que o jogo serviu para que algum jogador desse que jogou hoje possa ser convocado lá na frente e não sinta o “friozinho na barriga”. Qual a programação para esta equipe na sequência? “Isso faz parte da formação do atleta, principalmente a parte mental, em relação à torcida, imprensa e ao adversário e dessa forma acredito que estamos capacitando os atletas para integrar o elenco profissional. Quanto à programação, a direção vai tomar a decisão para os próximos jogos, mas eles estão preparados para o próximo jogo, se necessário”.
Como foi sua conversa com os jogadores antes do jogo e no intervalo, quando estavam perdendo? “A parte mental principalmente foi trabalhada, além do condicionamento técnico e físico, e eles suportaram bem. No intervalo tentamos tranquilizar, passando a eles a responsabilidade e o entendimento de que se executarem bem iriam competir bem. O resultado não conseguimos controlar, mas reafirmo que, apesar da derrota, saímos com coisas boas daqui”.
O Brandão foi vaiado pela torcida, como trabalhar esse atleta para seguir em frente? “O importante é salientar que a torcida apoiou os garotos o tempo todo. O Brandão é um atleta que deixou de ir para as férias para ficar trabalhando conosco, ele tem que aprender a lidar com isso, mas é um jogador que ainda não tem 20 anos, é muito dedicado, e é claro, assim como outros, ele precisa melhorar em alguns aspectos, tentamos passar nossa experiência para ele, mas isso faz parte da formação do atleta”.
Para os próximos jogos existe a possibilidade de uma mescla com atletas mais experientes que possam levar mais calma aos jovens, pois hoje a impressão que tivemos é que os jogadores estavam nervosos? “Todos eles são atletas do Coritiba, não procuramos diferenciar. Volto a falar, tomar um gol aos 30 segundos de jogo, qualquer plantel sentiria. Os garotos saíram fortalecidos e com um aprendizado maior, apesar da derrota”.
Como você avalia os jovens talentos que jogaram hoje? “A evolução deles passa pelo dia a dia nos treinamentos. Temos talentos aqui como o Taverna que estava jogando uma competição sub-17, o Vitão, jogador de 16 anos, o Breno, enfim, todos estão num processo de evolução. Temos que incutir neles a mentalidade de vestir a camisa do Coritiba e ganhar títulos, mas isso é uma construção diária e temos que ser bem racionais para que situações como essa de hoje não afete a continuidade deles”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)