Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Análise de como foi o paranaense, dois meses de trabalho, e agora vem a série B, o que faltou e o que pode melhorar? “Na competição tivemos momentos bons e momentos de oscilação, mas especificamente desse jogo, que estava favorável a nós, fizemos o gol com o Coutinho, tivemos um volume importante, aí alguns episódios acabam sendo desfavoráveis, sem querer entrar no mérito da arbitragem, porque não quero transferir responsabilidades. Jogar com um a menos num jogo de mata-mata, com um adversário que arrisca pouco atrás você precisa estar inteiro fisicamente na primeira e na segunda etapa, mas com o tempo, infelizmente nossa energia foi acabando, e mesmo assim criamos situações, principalmente com bola parada que foi como saiu nosso gol. Lamento o gol que tomamos, era um gol defensável e que erramos coletivamente e aí nossa energia diminuiu, apesar dos jogadores continuarem tentando, mas assumo aqui a responsabilidade da desclassificação, estamos tristes, assim como os torcedores, entendo a insatisfação e a revolta no fim do jogo, mas o único caminho que conheço é o trabalho. Posso falar muitas coisas que temos que corrigir, mas quando você perde não pode jogar tudo fora, tivemos volume ofensivo e temos que ter isso em todos os jogos. Temos que aumentar nosso nível defensivo pois num pequeno erro que cometemos, somos penalizados. Não conheço outro caminho que não seja o treinamento. Venho tendo resultados nas equipes que já passei, trabalhando, falando pouco e trabalhando muito e esse deve ser o caminho”.
Você imaginava ter um time mais competitivo, lá no início quando assumiu, como era sua visão a esse respeito? E agora na sequência, na série B, o clube já definiu o que vai acontecer? “A característica dos meus times é de controle, mas tenho que criar situações em que o jogador possa se adaptar rápido. Hoje optamos pelos dois centroavantes que se completam bem e no onze contra onze tivemos bastante situações. Durante a competição não conseguimos ser lineares e a responsabilidade é minha. Temos que tirar coisas positivas dessa desclassificação, tivemos 18 escanteios, que não tínhamos feito ainda no campeonato. Esse tipo de desclassificação tem que nos fortalecer e vamos aproveitar esse período para fazer as correções necessárias”.
Você avalia que esse elenco precisa de reforços? “Tenho que trabalhar diariamente para evoluir o atleta, eu poderia falar aqui que precisamos de cinco ou seis atletas, mas não faço isso porque acho nosso elenco competitivo, apesar dessa desclassificação precoce, mas temos margem de crescimento ainda. De qualquer forma, estamos atentos à possíveis contratações. Estou aqui há 60 dias aproximadamente e infelizmente tem coisas que demandam mais tempo, mas num clube como esse, que precisa de resultados para ontem, as críticas vêm e isso é natural. O único resultado que importa nesse esporte é a vitória, então tenho que preparar meu time para vencer. Hoje tivemos 18 escanteios, tínhamos que colocar para dentro, pelo menos, dois ou três, mas temos que evoluir e vamos evoluir”.
Quanto que as expulsões prejudicaram o time, hoje e no outro jogo? E sobre a entrada do Gustavo Coutinho hoje? “Lamento a expulsão hoje pois perdemos nosso jogador mais talentoso, o cara do drible, do improviso, que consegue sair de uma marcação individual, que finaliza bem de média distância, então tivemos que nos ajustar durante o jogo, não coloco nossa desclassificação somente na expulsão, mas sem dúvidas que os jogadores têm que correr mais, buscar mais energia e o desgaste é maior. Tudo o que tínhamos imaginado acabou nos 27 minutos iniciais com a expulsão e aí tivemos que fazer ajustes. O gol que tomamos era evitável e aí não tivemos força para reagir”.
Sobre a entrada do Josué como titular, e a entrada do Matias no lugar do João Almeida? “A entrada do Matias no lugar do João foi porque queríamos aumentar a estatura do time, principalmente nas bolas ofensivas. Quanto ao Josué, ele tem uma bola parada muito boa, tanto que o gol saiu dessa forma. Após a expulsão tivemos que marcar só com sete deixando dois centroavantes na frente”.
Como se sente após a eliminação, está balançando no cargo? E em relação às trocas após o gol de empate? “Em relação às trocas, foi mais pela parte física, tanto o Maycon como o Matias. Coloquei três centroavantes porque não precisaríamos pressionar com tantos jogadores. Quis aumentar a estatura do time para tentar reverter o resultado, mas o gol de empate foi um golpe duro. Quanto ao cargo, existe pouca coisa que me causa tipos de medo, tenho confiança no meu trabalho e as críticas me fortalecem, portanto a partir de terça-feira, por mais dolorido que seja, vamos virar a página e nos preparar para a série B para iniciarmos com o pé direito”.
Qual a conversa que deve ter com o Ronnier, jogador jovem e talentoso, devido à expulsão? “O lance em si me parece que ele nem percebe, infelizmente o VAR pega coisas que o árbitro não consegue ver. Falo para ele que não teve a intenção, pode ter exagerado um pouco na força porque estava defendendo. É um jogador importantíssimo para nós e um menino que tem cabeça boa e não vai ser um lance isolado como esse que vai fazer eu mudar minha opinião sobre ele”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)