Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Qual a avaliação do jogo de hoje? “Não fizemos um bom jogo, principalmente no onze contra onze, e eles também não tinham produzido muita coisa. Sabíamos que a bola parada deles é forte, tem quatro ou cinco jogadores com estatura mais alta, e não conseguimos neutralizar, mas lamento a origem desses gols que foram gerados de escanteios, e precisamos corrigir isso rapidamente. No segundo tempo, com um a menos, conseguimos criar algumas chances, o Bianchi teve uma chance importante e o Ronnier conseguindo sair da marcação individual e conseguindo escapar algumas vezes. Mas está tudo em aberto, temos 90 minutos dentro de casa para revertermos”.
Qual sua avaliação geral sobre a saída de bola e construção, no campo irregular hoje, e que gerou a expulsão do Felipe Machado? De quem foi a responsabilidade no lance? “A responsabilidade é minha, não do Morisco, é obvio que treinamos situações diferentes, principalmente quando eles igualassem. Temos um goleiro que tem muita capacidade de jogar com os pés e preciso utilizar isso. Tomamos dois gols de bola parada, e num jogo como esse onde as coisas não estão acontecendo nem para um lado nem para o outro, precisamos defender melhor, principalmente as bolas paradas que sabíamos que era uma jogada forte do Maringá. Nesse jogo nenhuma equipe produziu para vencer, só que eles foram felizes nas bolas paradas”.
Qual sua estratégia de jogar com três volantes, não utilizando o Josué, sendo que o time teve dificuldade na criação das jogadas? “O que seriam três volantes? O Machado é camisa 5, o Sebá está longe de ser um volante e o Bianchi mais longe ainda. Considero o Sebá um camisa 8 canhoto e o Bianchi também, então o único volante foi o Machado. Sebá e Bianchi são jogadores de infiltração, para combinar com o ponta e com o lateral, para chegar na área, Bianchi quase fez um gol, então entendo que entrei com dois meias e um volante. As condições do campo e o calor aqui de Maringá não eram para a característica do Josué. As situações serão diferentes no próximo jogo, o campo e o clima. O Bianchi participa das bolas paradas devido à sua estatura, talvez se ele estivesse na área não tivéssemos tomado segundo gol. Mas teremos que ter uma postura diferente do que tivemos aqui, jogando na nossa casa”.
Sobre as estreias do Tiago Coser e do Coutinho. “O Tiago teve uma estreia positiva, claro que sempre esperamos mais. O Coutinho também, inclusive Coutinho e Delatorre podem jogar juntos pois tem características para isso”.
Em relação ao jogo da próxima quinta contra o Ceilândia, qual a preocupação, lembrando que times como o Atletico Mineiro e Grêmio enfrentaram dificuldades em relação ao gramado? “Hoje não existe adversário fácil e quanto ao gramado temos que nos adaptar rapidamente. É um jogo muito importante para as pretensões do clube, então vamos virar esta página e nos preparar para este jogo da Copa do Brasil”.
Pretende mudar algo devido às condições do gramado para o próximo jogo? “Precisamos no adaptar, é difícil mudar as características do time. Vamos encarar durante a temporada campos difíceis e calor, mas temos que treinar e melhorar para não concedermos os gols que concedemos hoje”.
O Coritiba nas últimas duas temporadas, começou a patinar nessas fases decisivas do paranaense e na Copa do Brasil, como vê a sequência de jogar com o Ceilândia e depois ter que reverter contra o Maringá? “Não vamos patinar esse ano, posso garantir, temos um time maduro, temos que assimilar esses golpes. Hoje competimos bem, concedemos dois gols de escanteio, mas não fizemos um bom jogo. Na quinta temos obrigação de vencer, num campo difícil também, e no dia nove temos que reverter contra o Maringá porque temos totais condições de fazer isso”.
Quanto à utilização de dois jogadores que foram apresentados ontem, já entrando no mata-mata, isso demonstra a carência no elenco, você tem conversas com a diretoria para chegada de mais peças? “Temos um grupo que mescla experiência e juventude, perdemos alguns jogadores importantes no início da temporada o que nos obrigou a contratar outros jogadores. Temos que entender que quando não jogamos bem temos que competir de outra forma, e bolas paradas são fundamentais no jogo, então temos que defender melhor essas bolas, inclusive o Coritiba já vinha sofrendo com isso no ano passado e me incomoda muito ter sofrido esses gols justamente em bolas paradas. Acredito muito no comprometimento durante a semana, no merecimento, e no meu entendimento eu escolhi para iniciar o jogo aqueles que durante a semana produzem mais para este jogo específico e coloco para jogar aqueles que entendo estarem melhores para aquele momento”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)