Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Qual foi o panorama da partida de hoje, e se pode tirar algo de positivo desta derrota? “Existem coisas boas sim. Analisando o jogo, fizemos um bom primeiro tempo, empatamos o jogo e tivemos oportunidade de fazer o segundo. No segundo tempo voltamos melhor, com chances de fazer o gol no contra-ataque, mas acabamos tomando três gols de bola parada. Quando tomamos o segundo gol tínhamos que ter mais tranquilidade, mas são detalhes que eles estão tendo agora na equipe profissional, aí tomamos o terceiro gol muito rapidamente, e sabemos que no futebol profissional, se propiciarmos algumas situações em que podemos errar nos detalhes, você joga o resultado para baixo”.
Esse é o terceiro jogo da equipe sub-20, com retrospecto de duas derrotas e uma vitória, existe chance desta equipe voltar a atuar? “Esses meninos estão aprendendo muito, e essa cultura de vitórias e derrotas é uma coisa do Brasil. Não podemos esquecer o trabalho que é feito no dia a dia, e existe um processo em que os jogadores estão amadurecendo mais rápido do que o normal, esse projeto que o Coritiba está colocando em prática não é feito em qualquer clube. A primeira derrota teve a questão do pênalti e gol antes de um minuto de jogo, era o primeiro jogo deles no estádio com 15 mil pessoas, isso abala qualquer jogador, aqui foram três gols de bola parada, mesmo assim tivemos chance de fazer o segundo antes deles”.
Até que ponto existe cobrança da diretoria pelo resultado com essa equipe sub-20? “A cobrança tem que existir em qualquer categoria, seja na base ou profissional. Viemos aqui para ganhar o jogo, não para passear e colocar os meninos para jogar, agora, vitórias e derrotas fazem parte da profissão de qualquer atleta e eles tem saber lidar com isso. Volto a ressaltar, o projeto está em andamento, mas é claro que um placar de quatro a um é doloroso, temos que ser racionais e ver de que forma veio esta derrota, e o que eles fizeram no jogo não condiz com o resultado, apesar de tudo saímos daqui com coisas boas.”
Por que a opção pelo Jhonny na frente e deixar o Ruan Assis no banco? “O Ruan passou três dias sem treinar porque estava com uma contratura. O Jhonny fez a função e acredito que fez bem, não foi pela escalação dele que perdemos o jogo”.
Qual a programação a partir de agora para esta equipe, há possibilidades de ela voltar a ser utilizada, faltando quatro rodadas para o fim da primeira fase? “Quanto aos próximos jogos, tem pessoas da diretoria que sabem exatamente o que vai ser feito. Sei da condição e capacidade desta equipe, e continuaremos lapidando estes jogadores do dia a dia, independente do que acontecer, eles estarão preparados”.
Como avalia a fala do Tiago Azaf no final do jogo, que disse que é muito diferente jogar com profissional e sub20? “É muito diferente, esses garotos estão acostumados a jogar no júnior, sem tanta pressão externa, longe até da imprensa, isso mexe com a parte mental do atleta, mas o clube está tendo a coragem de preparar essa transição, e volto a ressaltar, não é qualquer clube que faz isso. Sabemos que uma derrota pesa, e tem que pesar, mas temos que ter os pés no chão e entender o que os meninos estão passando aqui, e que, coisas boas estão acontecendo”.
Como avalia o jogo do Rodrigo Gelado, levando em consideração que ele é considerado jogador do elenco principal? “Ele é um atleta do Coritiba, assim como todos os outros que entraram em campo. Saiu sentindo um pouco de cansaço. Não consigo ver um atleta como profissional, equipe titular ou da base, nós trabalhamos no Coritiba. Foi um jogo do campeonato e tanto ele como os outros que desceram deram o máximo em campo”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)