Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Avaliação da primeira fase, e agora a participação na fase decisiva. “Conquistamos nosso primeiro objetivo até agora, que era a classificação, mas não conseguimos ser lineares, tivemos coisas boas, mas oscilamos em alguns momentos e acho normal isso pois estou aqui a quarenta e poucos dias, e claro que precisamos evoluir. No primeiro tempo fizemos 25 ou 30 minutos bons, já com 10 minutos de jogo tivemos duas chances importantes. Depois do gol do Vini tivemos um apagão de uns 10 minutos, o Riquelme chutou na trave, Morisco fez uma defesa. O jogo de futebol é fracionado, e é impossível controlar o jogo 100%. O Manchester City fazia isso, o Bayer de Munich, times que controlavam praticamente 90% do jogo, mas é praticamente impossível controlar 100%. Vai ter um momento em que o adversário estará melhor, aí precisamos não conceder finalização, não conceder cruzamento e é esse nível de entendimento que estamos buscando, demanda um pouco de tempo”.
O Coritiba terminou a fase eliminatória com uma das melhores defesas e um dos melhores ataques da competição, como avaliou isso e como vê isso para a fase decisiva? “Como respondi na pergunta anterior, eu gostei dos primeiros 30 minutos depois tivemos um apagão, com bola na trave e defesa do Morisco, depois teve a expulsão, no segundo tempo fizemos o 2 x 0 e controlamos melhor o jogo, concedemos o pênalti, mas controlamos bem, e com 2 x 0 é natural que atacássemos com mais equilíbrio, com menos jogadores para não sofrer transição, ganhando jogo e com um jogador a mais”.
Como você viu o apagão no primeiro tempo, e como corrigir isso para os jogos decisivos? “O apagão reflete os primeiros 25 a 30 minutos que fizemos, com o gol, volume de jogo e chances, daí baixamos a guarda e não pode acontecer porque pode custar caro. Ao longo da temporada vamos enfrentar adversários que, em algum momento serão superiores. Hoje todo mundo treina, o futebol mudou muito, não existe jogo fácil. Vamos enfrentar o Maringá que disputa a série C do Brasileiro, que vem conquistando seu espaço, depois o Ceilândia na Copa do Brasil que deverá ser um jogo duro. O fato de fazer 2 x 0 é natural que você ataque menos, que controle mais, concedemos o pênalti e temos que corrigir este tipo de contra-ataque do adversário, com três ou quatro jogadores nossos contra um, e isso precisamos corrigir para o jogo do Maringá. Será um jogo totalmente diferente, é um time forte fisicamente, que marca forte, então a partir de segunda-feira vamos começar a nos preparar para esse jogo”.
Em relação ao time ideal, já encontrou esse time, pois agora é só jogo decisivo pela frente, o Maringá, depois o Ceilândia, mais na frente e série B? “Agora é só decisão, estamos conseguindo recuperar jogadores importantes, hoje o Vini jogou 70 minutos, o Giovane conseguiu jogar 20 minutos, o Bianchi terminou um jogo novamente, o próprio Everaldo. Não consigo responder ainda sobre o time ideal, ainda não tenho, pois ainda estamos oscilando. Um time para competir em alto nível tem que ser regular. Não encontramos um equilíbrio ainda e isso me incomoda, e o time ideal vamos encontrar quando encontrarmos esse equilíbrio”.
Você fala muito no jogo coletivo, mas precisamos falar do jogo individual, o Delatorre hoje se tornou o artilheiro do campeonato, o goleiro Morisco defendeu hoje o segundo pênalti consecutivo. “O futebol é um jogo coletivo, o Delatorre só fez o gol porque teve a triangulação com o Machado, Everaldo, o Sebá e o cruzamento do João. O Morisco é fora da curva, traduz no campo o que faz no treino, é o primeiro a chegar e o último a sair. Tem todo um trabalho do Tiago e do Rafa, é um jogador formado no Coritiba, que está aqui desde os 10 anos de idade. É extremamente talentoso, ele se destaca em termos técnicos e de liderança. Se ele não pega aquele pênalti, o jogo poderia se tornar duro na reta final. Com os pés também, faz boas combinações porque nosso time pressiona alto e o adversário vem com bola longa, é um jogador que está pronto para jogar na Europa, ainda bem que é nosso. O Dela o que entrega para o time é imensurável, um centroavante que pressiona o jogo todo e gera desconforto aos zagueiros. Claro que estou satisfeito com o desempenho ofensivo dele, mas o que entrega para o time é imensurável”.
Em relação ao time do Maringá, adversário do Coritiba nessas quartas de final? “Vamos enfrentá-los a primeira vez com o time principal e serão dois jogos. É um time que marca individual e vem obtendo sucesso ao longo dos anos e temos que tentar a melhor estratégia para enfrentar um time que marca da forma como eles marcam”.
Em relação ao Bianchi, não acha que ele ficou ansioso na frente do gol que acabou errando, ou foi falta de tranquilidade? “Falei para ele no intervalo, prefiro você na área e perdendo gols do que você jogar longe do gol. Um erro técnico nunca vai me incomodar, o que me incomoda é o erro tático, de um jogador que não cumpriu a função. Ele é um jogador extremamente importante para nós, é um jogador que contribui no jogo para atacar e defender. O erro tem que ser corrigido com treinamentos, ele tem facilidade de chegar na área”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)