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Arquibancada
Tinha decidido deixar para me manifestar amanhã, de cabeça mais fria, mas acho que de cabeça quente – neste caso – é melhor. “Acabou”, foi o que escapou da minha boca no segundo gol. Disse isso respirando aliviado, tirando das costas um peso que foi crescendo durante o ano e que chegou a ser quase insuportável em muitos momentos. O mesmo peso carregado por toda a nação Coxa-branca. No gol do Galo, cheguei a titubear, mesmo sabendo que o empate ainda nos servia. É que como você, me acostumei a sofrer até o fim. Nunca nada foi fácil. Há anos têm sido assim.
A tortura acabou levando junto um ano que não esqueceremos tão fácil. Espero que tenha ficado a lição. Clube que pensa pequeno cai, não se mantém entre os grandes. Foi o que fizeram nossos dirigentes o ano todo. O Coritiba só não caiu porque tem torcida de clube grande. E foi ela que carregou o time pelas mãos nos jogos em casa. O amor pelo clube esteve nas arquibancadas do Couto, e foi determinante, especialmente nesta reta final.
A torcida Coxa precisa ser vista com outros olhos, também pela imprensa paranaense, porque além de ter tido papel fundamental na atuação do time, parece que definitivamente coloca um ponto final em imagens de arquivo de 2009, que muitos ainda insistem em usar sistematicamente. A história da torcida Coxa é bonita, e assim precisa ser mostrada.
Domingo é dia de festa. Deve ser um grande dia para se despedir de um grande ídolo, torcedor como nós. Alex faz sua última partida como profissional e merece que seja um dia especial... inesquecível. Como tantas vezes fez nos proporcionando espetáculos com seu belo futebol. Alex conseguiu em sua carreira o que poucos jogadores de futebol conseguem: começou e terminou seu trabalho profissional, vestindo a camisa do seu clube do coração.
Passada a festa de Alex, vai chegar a hora de se concentrar em outro jogo muito sério, o do dia 13 deste mês, dia das eleições no Clube, que decidem o futuro do Coritiba.
Vilson Ribeiro, atual presidente, é candidato à reeleição, Rogério Bacellar montou um grupo forte para tomar o poder no alto da Glória.
As eleições que até há duas semanas estavam mornas, esquentaram nos últimos dias. Será o momento de pensar o Coritiba como nunca se pensou, para que nunca mais a gente viva um ano parecido como o de 2014.
Dia 13 será a hora de votar no melhor para o Coritiba, pensando num Clube grande, do tamanho de sua torcida.
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0 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
