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Arquibancada
A frase que virou bordão do nosso colega colunista Paulo Chaves, se aplica mais uma vez ao jogo de ontem quinta-feira (22), contra o CRB. Aliás, se aplica ao Coritiba por tudo que anda fazendo. Com um time bastante limitado, toma sufoco dentro de casa para times que não deveriam nos colocar medo.
Na soma de bordões, faço uso de mais um que cabe bem para o momento, usado pelo editor chefe do site, Ricardo Honório: "Morínigo anda tirando Leite de Pedra". Outra inegável verdade porque a qualidade do time é bastante discutível, e, em casos como na partida contra o CRB, a qualidade despenca quando o treinador precisa usar o banco ou como ontem , com a expulsão de Natanael, quando além de ficar com um jogador a menos, Morínigo precisou recompor a zaga e desconfigurou o time com algumas substituições. Com raras exceções e os meninos da base, o resto do elenco é bastante discutível.
Tenho dito que este sofrimento vai nos acompanhar até o fim. Mas inacreditavelmente o Coritiba fecha a 10ª Rodada invicto, em segundo lugar na classificação, num campeonato onde Botafogo, Cruzeiro e Vasco eram os favoritos. Dos três o Vasco é o único com alguma chance de ainda brigar para disputar por uma das 4 vagas de acesso. Botafogo e principalmente Cruzeiro, estão mais para briga pela fuga do rebaixamento da Série C do que de acesso à Série A. Entre uma série e outra, A e C, há um abismo que se chama Série B, tratada até agora como filho pobre da CBF, sem prestígio , como limbo e castigo para quem precisa passar por ela. Além de representar sérios cortes financeiros.
A briga só está no começo e até o 10° colocado, o Operário, há possibilidade de brigar pelas primeiras posições. A diferença de pontos entre os quatro primeiros até o final de segundo pelotão é de poucos pontos.
No caso dos clubes grandes da série B, incluindo Coritiba, todos estão fadados a uma crise ainda maior, porque a falta de dinheiro, uma das causas que os levou à serie B, além das péssimas administrações, os clubes vivem situações muito parecidas, pelo menos os de mais tradição. Os pequenos são figurantes e em raras exceções, caso de Operário, CRB, Náutico, Sampaio e etc, são patrocinados, times de donos de marcas que gostam de futebol e projetam a cidade, o futebol local e seus negócios.
TERREMOTO
Leio no Portal Terra um terremoto se anunciando como o início de virada de mesa pra recolocar Cruzeiro, Botafogo e Vasco de volta na elite do Brasileiro, com uma escancarada virada de mesa, nos mesmos moldes da criação do Clube dos 13, como nos (anos 80), se não estou enganado.
Não duvido. Isso é a cara do futebol Brasileiro, se beneficie ou não, o Coritiba disso, será mais um capítulo triste na história do futebol brasileiro e da CBF.
https://www.terra.com.br/esportes/futebol/virada-de-mesa-pode-salvar-vasco-cruzeiro-e-botafogo,754257409d6f6b9d2deb767b272acc02py9z74r6.html
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12 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
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