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Arquibancada
A torcida Coxa anda emocionante. Vejo e revejo alguns vídeos e me emociono todas as vezes.
Mais que apoiar, é quase entrar em campo e jogar junto. Não dá mais para ficar em casa, acompanhar o Coxa pela TV. Quem pode, vai, e tem sido em grande número.
Sair do Couto de peito estufado, com o sentimento de também ser responsável, jogando junto.
A camisa sai molhada, marcada pelos escorregões e trancos de um jogo jogado, de tombos de cair na grama, deixando marcas no uniforme. O que na arquibancada se resume no: "Quem ficar parado vai tomar um tá ligado?".
Um pouco de terra e grama do Couto, são marcas de mais um jogo inesquecível que empurra o time, mesmo em dia ruim, quando nada dá certo. Mas no jogo seguinte, seguimos juntos construindo a história de um acesso inesquecível. Como foi com René Simões, está sendo assim com Mozart, que escreve sua segunda história no Coritiba. Vai deixando para trás uma história de luta, de anos de sofrimento do torcedor.
Chegamos até aqui pelo amor incondicional, inexplicavelmente incondicional. Até os que desistiram no meio do caminho estão de volta.
Diz a música da arquibancada: "O Verdão é minha vida, vamos, vamos Coritiba...".
Time que foi amansando o torcedor mais intolerante, assim como eu, ácido e crítico. Sem que consiga explicar, fui amansado.
Há meses sigo junto nesta troca, nesta cumplicidade, sem um futebol vistoso, mas que a cada rodada vai nos devolvendo o orgulho de ser Coxa-Branca.
Se não foi de um jeito, está indo de outro. Quase virando uma página de um período turbulento que deixou marca e, parece, muito ensinamento.
Retomamos o comando da escrita de um script do nosso tamanho na história do futebol.
Falta pouco. Seguimos juntos!
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)