Arquibancada
Se o Coritiba não é mesmo para amadores, lá dentro é o que se pratica. Um amadorismo de doer, de gestão amadora, já fora de moda há muito tempo.
É necessário fazer uma leitura diferenciada, e com certa tolerância para tentar entender o clube. Temos de tudo um pouco, dentro e fora. Nascemos assim, fomos criados assim e criamos um DNA Coxa Branca do qual não conseguimos nos livrar. O Coritiba ainda é um clube à moda antiga.
Tem torcedor e dirigente pra todo tipo e gosto. Os que estão lá dentro não querem sair, e os que estão fora, querem entrar, mas encontram resistência. Isso não significa que a turma do lado de fora tem a solução para os problemas crônicos. São os que já estiveram lá dentro e perderam espaço. Apenas querem retomar seus lugares e seguirem com seus interesses escusos ou apenas por vaidade seguirem entre os “notáveis”. Ostentando um status bastante duvidoso e desprezível.
Os passionais são os mais comuns, e os mais perigosos, por razões óbvias. Porque grande parte deles circula pelos corredores do Alto da Glória apenas pelos seus interesses, sem privilegiar o Coritiba que interessa.
E aí mora o grande problema. Porque além de usar o clube para promover sua própria imagem, se fecha em grupos que, até hoje só trouxeram rachas internos e que nada acrescentaram. E é aí que mora o nó quase impossível de desatar.
A saída de Pastana e Barroca, retrata a vitória de um grupo, mas que serviu apenas para medir força, porque o mesmo grupo não terá a mesma força para decidir seus substitutos. Embora Samir tenha esperado uma semana para fazer o óbvio, só para mostrar quem manda. Comportamento típico de liderança negativa que justifica o que digo acima : a política da vaidade.
A história recente do Coritiba, conta episódios de batalhas vencidas por estes diversos grupos em várias situações onde sempre quem perde é só o Coritiba.
As costuras que estão sendo feitas para a próxima eleição dizem isso. Uma central de boataria já está instalada com sala, telefone, secretária e trânsito livre e que anda dando o tom nos porões do clube, sem ainda ser capaz de colocar a instituição Coritiba acima disso.
Para se chegar ao futebol jogado em campo, oferecido ao torcedor, as decisões passam sempre por mãos e interesses que sobrevivem à modernidade do futebol que há anos é gerido no mundo todo pelos grandes clubes que mesmo em crise, sobrevivem.
Enquanto a velha política, os velhos hábitos e interesses, ainda prevalecerem, passaremos por outros Barrocas, Samir, Bacellar, Pastana etc.
Desatar este nó neste momento, é começar a decidir pelo futuro do clube. Antes e independente das eleições, é importante tentar alcançar interesses além do mundo em que temos vivido para finalmente começar a salvar o Coritiba.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)