Arquibancada
Jogamos como nunca. Fizemos um primoroso segundo tempo. Com tesão, sangue nos olhos que há muito não se via. Mais uma vez a torcida fez a diferença. Falta pouco. Agora, com menos peso, mais aliviados. Faltam duas partidas ... uma vitória... vamos buscar!
Soube durante a partida que muita gente ficou do lado de fora, por falta de profissionais para atender tantos torcedores que também queriam estar lá dentro do Couto, e que se aglomeraram nos portões e bilheterias. Resultado de uma falha da diretoria administrativa, que mais uma vez não fez sua parte. Fez o chamamento, mas não ofereceu o serviço. O torcedor compareceu, mas os comandantes do clube não fizeram a sua parte. O tema passa do limite já faz tempo.
No sábado pela manhã, na pequena fila que se formou para compra de ingressos, para os torcedores que optaram pagar os 30 reais, (promoção amigo de sócio), receberam a orientação de um funcionário, para a compra da TIMEMANIA, mas de forma no mínimo estranha. Dizia ele que as apostas deveriam ser compradas ali mesmo, na frente do estádio, a partir das 5:30, duas horas antes do jogo. Não acredito que esta tenha sido a orientação do clube. Ou foi? Espero que não.
Fazia tempo que não ia ao Couto. Tinha perdido a coragem e estava sofrendo demais com o pequeno futebol que andava vendo. Nem na tv acompanhava mais. O sofrimento estava passando da conta e me consumindo. É que depois de muitos anos nesta briga de sobe e desce, de altos e baixos- mais baixos que altos - achei que estava sendo muito judiado. Tenho quase a metade de anos da idade do clube, frequentando primeiro o Belfort Duarte, agora o Couto. Me dou ao direito de não sofrer quando o amor não é correspondido. A última partida foi na magra vitória contra o Criciúma. Ontem me enchi de coragem, e com o propósito de sair do Couto sem voz, encarei mais esta, como muitos de vocês. Aliás, público anunciado bem abaixo do que vi nas arquibancadas. Sem medo de errar, o Couto recebeu perto de 27 mil pessoas.
A volta do Coritiba, para o segundo tempo, me fez lembrar o velho Tim - Elba de Pádua Lima, que mudava a história de uma partida no intervalo. Sem usar do recurso da substituição, Marquinhos Santos surpreendeu mudando a história do jogo no segundo tempo, arrumando o posicionamento de alguns jogadores. É verdade que no primeiro tempo o time já era outro, mas faltava o gol. No segundo tempo se fez valer de Norberto e Carlinhos, dois laterais avançados, como propunha seu esquema tático desde o início da partida, mas que não funcionou direito no primeiro tempo.
O time voltou para o segundo tempo fungando no cangote do Palmeiras e fez o primeiro com Zé Eduardo (Love), que pouco antes já tinha abusado do direito de errar. O segundo gol era uma questão de tempo e não deu outra. Com toda a gentileza e inteligência, Alex percebe Joel melhor posicionado. Era o que faltava para abrir a tampa da panela de pressão, aliviando todos da tensão que ainda tomava conta do Couto.
Foi de fato um teste para cardíacos, mesmo tendo sido um jogo de poucos riscos, com um comportamento quase impecável de todos. Não seria justo falar de atuações individuais, sem lembrar que Alex apareceu como organizador de tudo dentro de campo, fazendo valer a condição de capitão.
Foi um privilégio ter estado no Couto. Parabéns à todos – atletas e torcida!
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