Arquibancada
Leandro em lugar de Ortega, Vinicius no lugar de Negueba e Thiago Lopes no lugar de Dudu. São as opções que dão um sentido de elenco ao Coritiba. E foi assim que Kleina buscou a vitória no segundo tempo, contra o PSTC.
Levando em conta a suspensão de Leandro e a volta de Kleber, se não sair jogando assim, nas próximas partidas, pelo menos parece que não resta mais dúvida sobre quem serve para o lugar de quem. Não fica mais dúvida sobre a utilidade de cada um quando for necessário recorrer ao elenco. É visível a forma como muda e como algumas vezes até melhora o time.
Quem diria, o Coritiba agora começa a se dar ao luxo de fazer testes em partidas que pouca chance dá aos adversários. Caso da segunda partida contra o PSTC, no sábado, em casa. Se havia alguma dúvida, sobre o ataque sem Kleber, a resposta foi dada, e até com folga, porque Ortega continua sem marcar e parece encontrar cada vez mais o peso e a responsabilidade que lhe deram, mas até Lucas Claro voltou a marcar, com mais um de Thiago e Juan.
Juan, além de acabar servindo ao time como o meia que tanto foi procurado e garimpado, agora aparece também como artilheiro, além de ser o homem de confiança do treinador como também da torcida, porque anda fazendo além do que se esperava dele, convenhamos. Terminou bem o brasileiro do ano passado e cresce a cada partida.
Dirão, os ainda azedos, que o resultado não conta de fato o que foi o jogo. Pode ser. Mas conta o que tem sido o Coritiba nas últimas rodadas, em duas competições. Com uma produção bastante razoável de gols. Longe de ser brilhante em muitos momentos do jogo, mas eficiente nos arremates, com onze gols em quatro partidas. Tá bom. É assim que precisa ser. Ano passado tínhamos o contrário disso: mais tomava do que fazia.
Os mais céticos ainda podem argumentar: o J. Melucelli fez o mesmo placar em Cornélio Procópio. Francamente, o Coritiba não é o J. Malucelli, e neste momento não vejo nenhuma possibilidade do PSTC reverter este quadro. O Coritiba deve mais uma vez sacramentar a sua passagem à final. Também imagino que a torcida promova uma grande festa para esta partida. Pelo menos é o que espero que aconteça e que acredito que este time já mereça.
Um atletiba em duas partidas, decidindo o paranaense é o que quero, mas temo pela arbitragem que anda errando demais, só não deixando rastros mais marcantes porque o Coritiba está mesmo sobrando nestas últimas partidas do regional e na estreia da Copa do Brasil. Em jogo decisivo, num clássico por exemplo, quando as coisas se equilibram, erros da arbitragem podem determinar um resultado.
Contra o PSTC, por exemplo, o primeiro gol do Coxa, de Dudu, aos 22 minutos, com a partida ainda zero a zero e equilibrada, o Coritiba chegou a marcar mas a arbitragem anulou alegando que a bola saiu, antes que Dudu tocasse nela. A imagem de TV mostrou que não, a bola não saiu totalmente, o que daria condição legal para a jogada. Numa partida um pouco mais difícil, um gol destes pode fazer falta.
No finzinho do primeiro tempo o caminho começa a se abrir com o gol de Lucas Claro.
Na volta pro segundo tempo foi possível ver um time mais tranquilo, mas ainda com alguma dificuldade de chegar ao gol adversário.
Longe de ser uma boa partida tecnicamente, mas as trocas que Kleina promoveu com Thiago Lopes, Vinicius e Leandro, deu ao time folego novo. Folego no sentido de resistência física, e ainda conseguindo manter a qualidade do que tinha em campo. Três novos atletas descansados foi o que acabou determinando o resultado, porque a partir da entrada deles, o Coxa conseguiu chegar e fazer ainda mais dois gols que fecharam o placar e deram a tranquilidade para a segunda partida em casa.
Juan vem se firmando cada vez mais como dono absoluto da posição, não só porque participou de todos os lances dos 3 gols, mas porque é o único responsável por fazer a ligação com a frente e anda dando conta do recado com muita qualidade.
Lucas Claro, além do primeiro gol, foi novamente o incansável, firme e seguro dando muita tranquilidade à zaga, confirmando a boa fase.
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