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Arquibancada
Disse hoje cedo nas redes sociais que minha preocupação a partir de agora nem é tanto com o time que Antônio Carlos Zago vai montar para a decisiva partida contra o Sport, para quarta-feira, em Recífe.
Se em condições normais passar de fase na Copa do Brasil já seria um milagre, agora creio menos ainda, e muito por conta da consciência da incapacidade de reverter o quadro bastante desfavorável, principalmente pelo peso psicológico que a atual fase ganha a cada partida. Vai ser difícil encontrar um Coxa-Branca que acredite em reversão. O que seria salvador e providencial, estancando a crise ainda maior que se anuncia.
Se não passar pelo Sport, a pressão aumenta e deixa a arquibancada e bastidores em clima de intolerância. Sábado contra o São Paulo, ao primeiro erro, da escalação ao primeiro tropeço no gramado, pode acordar os primeiros gritos na arquibancada, além da pressão natural que o time já sente desde ontem, ao final do desastre contra o Fortaleza. Porque a esta altura, tudo passa longe do sentimento que tenta passar o clube, minimizando a derrota como um “revés”, expressão bastante usada ultimamente pelo noticiário do site do clube. Estamos bem mais próximos do sentimento de vexame e de vergonha, o que deixa a terceira rodada contra o São Paulo, em casa, ainda mais tensa.
Mesmo com um público menor, porque a tolerância tem limite, certamente teremos um público ainda menor do que estamos tendo até aqui, mas o suficiente para colocar mais pressão no time.
Uma eventual despedida da Copa do Brasil e mais uma derrota no brasileiro, podem abrir a porta de uma crise sem precedentes e de difícil reversão. Por isso, é conveniente, tanto clube, time, comando técnico e torcida, levarem tudo isso em conta. Entramos nesta segunda -feira (24), talvez nos dias mais importantes para o Coritiba desde o início desta temporada.
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28 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
