Arquibancada
Não quero ser estraga prazer, mas ando fazendo projeções melancólicas para o nosso futuro. E nem sou tão pessimista assim, como pode perecer. Estou mais para realista. Mas acho que nem precisa ser nem uma coisa e nem outra pra prever nosso futuro. Basta saber interpretar minimamente o futebol. Queira DEUS que esteja enganado, mas acho que a tampa do caixão chega neste fim de semana. Encomendada pelo presidente, quando montou este brilhante elenco para disputar o brasileiro. Aliás, praticamente o mesmo que se arrastou no regional.
Acho que este jogo de sábado, contra o Corinthians, vem com requintes de crueldade.
Ora bolas, se o time não ajuda, o elenco é fraco, presidente incompetente, o craque do time é substituído quando ainda era útil em campo contra o Grêmio, o time precisando ganhar, e o treinador tira o único centroavante - por que devo acreditar no contrário? Claro que mais uma vez vão empurrar a missão de vitória para o próximo jogo, e deixar que ainda reste um fio de esperança até que matematicamente as chances se esgotem.
Sei que pra muitos não digo nenhuma novidade, e para outros isso tudo é uma grande bobagem. Mas com quem tenho conversado e trocado algumas ideias sobre o Coritiba, vejo que a maioria pensa mais ou menos assim, como eu. Os que se mantém de pé , ficam para manter a pose e a elegância de não “jogar os betes", enquanto houver vida.
Considero tarefa impossível reverter este quadro. E quando classifico com melancólico, quero dizer que as previsões são de goleada à vista. Com os buracos que temos, com a inconstância da zaga, precisando jogar pra frente, buscando o gol, sem ter quem o faça a nosso favor, vai abrir, jogar pra frente, e aí meu caro, será um convite para Guerreiro e cia. O ataque Corinthiano que não é bobo como o nosso, deve nos encher de gol.
Pior que isso serão as últimas rodadas e sofrer uma de cada vez. Ouvir ou ler na imprensa, por exemplo, as projeções para a briga pelas últimas três vagas ao rebaixamento, porque a primeira já esta garantida ao Coritiba, que se habilitou com antecedência. Aliás, há anos nos habilitamos a esta vaga que sempre foi nossa. Nós somos um time de segunda, que as vezes frequenta a primeira. Lá, na segunda, nos sentimos em casa, ganhamos título, disputamos sempre as primeiras posições, graças aos nossos últimos dirigentes que sempre trabalharam para isso.
Infelizmente é assim, mesmo que você não admita, mas a realidade do Coritiba é esta. Tanto é que passado tudo isso, teremos outra luta pela frente. Em dezembro, no dia 13, as eleições consolidam este raciocínio. Se Vilsão não for reeleito, será porque não quis. Não há oposição, não há candidato que se apresente e queira arrumar e pensar o Coritiba para o futuro.
Ou uma força sobrenatural nos tira desta inércia, ou assumiremos a nossa condição de achar graça em clássicos na segundona com o Paraná Clube, e assistir joguinhos com adversários fracos como Boa, CSA, CRB etc. Quem sabe, eventualmente uns jogos com um grande que venha nos visitar um ano ou outro, como Vasco, Palmeiras, Grêmio e Fluminense.
Acorda Coritiba!
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