Arquibancada
O ambiente estará muito desfavorável nesta partida contra o Fortaleza. Não se trata de instigar ou incitar. É o óbvio que precisa ser considerado pelos comandantes do clube. É o preço a ser pago pela posição tomada em favor de António Oliveira.
No lugar da festa de recepção na Mauá, o ônibus que trará a delegação ao Couto, certamente terá mais policiamento e seguranças em volta do que a torcida em suas tradicionais manifestações de apoio. Os poucos a recepcionar o time, devem estar preparados para o já conhecido “fora português”.
Dentro do estádio não será diferente, e como não dá pra esperar um time propositivo e eficiente, bastará 10 ou 15 minutos de bola rolando para a penela de pressão se formar.
Este ambiente desfavorável em nada contribui, mas se alguém é responsável por isso, é o presidente Glenn que deixou a situação chegar neste ponto. O mínimo que pode fazer para conter a previsível manifestação, é preparar o grupo de jogadores ou torcer para que num lance de sorte, o milagre aconteça. Melhor que isso seria não ter António Oliveira por perto. Ainda há tempo para Glenn levar a sugestão como lição de casa e rever sua posição, antes que chegue a próxima rodada.
Pela primeira vez nos últimos anos, o melhor time que nos deram pra torcer, terá dois adversários: o Fortaleza e a sua própria torcida, mesmo que a contragosto. “Torcer contra” é o argumento que os teimosos usarão para este clima criado entre torcida x dirigentes, ou mais precisamente torcida x treinador. Ambiente que anda se tornando comum nestes últimos 10 anos dentro Coritiba. Um jogo de medição de forças que, convenhamos, a torcida tem mais acertado que errado. Por mais que privilegie o racional, de prós e contras de rescisão de um contrato com os últimos treinadores.
De Cirino a Glenn, passando por Vilson, Bacellar e Samir, não lembro de nenhum momento que a razão tenha estado do lado dos dirigentes. Mesmo que se só leve em conta apenas o custo de um pé na bunda da incompetência.
O preço de uma torcida insatisfeita me parece bem mais alto que uma rescisão contratual. A experiência de dirigentes anteriores confirma isso. Não esperem pela próxima rodada ou ainda as seguintes para ter confirmada esta constatação. Memória curta é uma lição que já deveriam ter aprendido.
Não subestimem a torcida. A tolerância com vocês só veio até aqui em nome do respeito e da aposta que fizemos em Renato Follador, mas de agora em diante passamos a viver uma situação de abuso da tolerância a um preço bastante alto, que mais uma vez, sem exagero, coloca em risco a instituição Coritiba.
Pra encerrar, a frase que está sendo exaustivamente usada, mas que retrata muito bem a realidade Coxa: “Trazerem António Oliveira foi um grande erro, mantê-lo é suicídio.
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