Arquibancada
Lembro que anunciei aqui no começo do Campeonato Regional, minha tolerância com os ajustes que o treinador deve fazer. Dizia que aceitaria tropeços até a 6ª ou 7ª rodada. Não sei se consigo chegar até lá. O time de ontem e as invenções de António Oliveira, me desanimaram muito e a paciência com estes ajustes parece ir embora a cada rodada. Sem muito, ou quase nada para comemorar, as coisas se arrastam e chegam a um problema crônico no Coritiba: a falta de qualidade. E com isso não há muito o que fazer com o material que tem em casa. Não se faz pão sem farinha de trigo.
Quem viu o jogo de ontem sabe bem do que estou falando. Não dá pra aceitar as limitações evidentes percebidas. Nem quero entrar no mérito individual de cada jogador, porque no conjunto a coisa não funcionou, principalmente no meio de campo.
Com pouco ou quase nada para comemorar, então vão alguns destaques de ontem: finalmente Chancellor dá sinais de achar o caminho da segurança, mas com tudo, ainda só se garante como um bom banco para as competições nacionais. Gabriel é uma segurança no gol. A segurança que não tínhamos há anos. Alef Manga entra definitivamente na briga pela artilharia. Isso deve ser mais uma motivação ao jogador que cada vez mais confirma que foi acertada sua permanência no elenco de 2023, se consagrando como o xodó da torcida.
Quanto a Antônio Oliveira, bem, este começa a figurar dentro um problema histórico no Coritiba das últimas duas décadas. Além de pavio curto, quando precisa se apresentar como o líder de grupo acalmando as coisas, é o primeiro a tomar o amarelo com reclamações, em discussões com a arbitragem, muita delas desnecessárias. Vai somando cartões amarelos e logo estará à frente de alguns atletas mais abruptos e sendo convidado a se retirar do banco mais cedo. António também parece se caracterizar como mágico com algumas invenções que até aqui não convenceram. Não vai demorar para começar a receber cobranças mais duras da torcida. Depois das duas próximas rodadas em casa, vai lhe bastar um atletiba para se consagrar, para tirar a má impressão que deixa até aqui, ou se afundar de vez.
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