Arquibancada
Se a diretoria Coxa ainda acredita em António Oliveira, mesmo que isso lhe custe ir contra a maioria da torcida, podia pelo menos escalar outro personagem para as coletivas. A esta altura, as falas do treinador, mais irritam do que consolam. As frases de efeito, o positivismo de António Oliveira, mais parecem deboche.
Tá difícil entender direito este jeito dele de ver o futebol, que mesmo diante de derrotas seguidas, com uma sacola de gols sofridos por times de séries C ou D, sem tática, sem jogada ensaiada, parece time peladeiro. Apostar em um projeto que nos leva a caminhos melhores, não é bem o espírito do futebol brasileiro e ainda não vi sequer evolução do tal “projeto”.
António Oliveira também precisa entender um pouco da nossa história, da cultura brasileira para que também faça com que esta relação seja no mínimo suportável. Afinal, é nosso empregado, é pago para trazer resultados e se a filosofia europeia é o que compramos, então que ao menos haja uma adaptação e o consequente entendimento dos dois lados. Do contrário, a convivência não será possível. Não vejo força alguma do treinador para que isso aconteça. Pelo contrário, força seu jeito de ser sem sequer levar em conta o outro lado e isso já passa do limite.
Aqui não há um conceito, há uma história a ser respeitada, há uma torcida exigente que já não tem mais paciência para promessas que nunca chegam. Das conversas de dirigentes em período de eleição a treinadores que pedem calma a cada fracasso que, nos últimos anos chegam recheados de vexames.
Ninguém aqui está pedindo título de Libertadores, Copa do Brasil ou de Campeão Brasileiro. Estamos falando de não ficar no meio do caminho, perdendo vaga para clubes de séries C e D, em Campeonato Regional, sabidamente de qualidade técnica bastante discutível. Também não se trata de tropeços eventuais. Isso é crônico, tem longos e cansativos anos, mesmo que a gente leve em conta o pedido de paciência de dirigentes, quando a intenção era recuperar o clube financeiramente.
Esta história tem quase três anos e esta paciência também já teve seu tempo. Em vias de implantação de SAF, ainda exigimos muito pouco. O fim dos vexames e um time de qualidade mínima para disputar uma Copa do Brasil e o Brasileiro.
Isso não é pedir muito, né?
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