Arquibancada
O titulo de campeão estadual do Operário, em 2015, parecia o último aviso, já na primeira partida em Ponta Grossa. Ali o Coritiba parecia deixar toda a sua incapacidade de reverter um quadro que se confirmou na segunda partida, quando o time de Ponta Grossa terminou de fazer o serviço e levou com méritos o título de campeão estadual.
Se preparando para o Brasileiro, Bacellar tentou imitar dirigentes do passado, trazendo do interior o reforço que poderia precisar para encarar o restante da temporada, com um time mais forte. Isso não aconteceu e se somou a outros fracassos anteriores e posteriores. De Vilson, Cirino e Gionédis a Samir.
Em outros tempos, tivemos Pescuma, Abatia e Paquito nos reforçando. Para Bacellar em 2015, restou Ruy, um meia que tinha saído do próprio Coritiba e que retornava como provável solução para os problemas do meio de campo que o time já sentia, desde a saída de Alex. Ruy que na final do regional, foi eleito o carrasco do Coritiba na decisão, retornava, mas não vingou, foi embora e pelo América de Minas, disputando o Brasileiro da série B, subiu para a elite onde voltou a brilhar. Ainda longe de ser um meia de excelência, mas que resolvia. Mais uma vez o Coritiba tentou a volta de Ruy que novamente não correspondeu com a camisa Coxa, desta vez já com Samir na direção do clube.
Outros tantos nomes que por aqui passaram e que não conseguiram se firmar, em outros clubes se deram bem. Citaria pelo menos uns seis atletas com este histórico. Por que isso tem funcionado assim? Perderia muito tempo divagando sobre o tema e certamente também arranjaria uns cinco pontos que podem ser a resposta para a pergunta, mas não é o que busco agora.
Talvez seja mais importante se ater a fatos deste momento crítico que vive o Coritiba. Como ter novamente o Operário pela frente, se é que vamos nos encontrar na série B de 2019. Como também encontraremos o Paraná Clube, de quem sempre desdenhamos. Dois clubes que não alcançam um milésimo da história que temos, mas que agora nos coloca em condições de igualdade porque futebol é momento.
Em 2015, Operário campeão paranaense numa decisão inesquecível pra quem viu as duas partidas decisivas. Em 2017 Paraná Clube volta à primeira divisão do futebol Brasileiro e o Coritiba toma seu lugar na série B, para tentar subir em 2018. Em 2019 muito provavelmente os três se encontram, desta vez quase em condições de igualdade para disputar a segunda divisão do Brasileiro. O Paraná desce, o Coritiba se mantém e o Operário novamente com o status de campeão, agora da série C chega à série B. Um clube em ascensão já há anos.
Para um bom entendedor, parece não ser necessário entrar mais neste mérito e explicar mais detalhadamente em que nível estão nos colocando.
O apocalipse se anuncia há anos. Em 2015 o grande e o maior sinal de todos eles. Não ouviram e assim sucessivamente nossas administrações seguem nos colocando sempre num patamar abaixo, perdendo pelo caminho a história gloriosa do Coritiba Foot Ball Club.
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