Arquibancada
Calma? Mas de novo? É só o que restou da torcida que de alguma forma ainda se encontra por aqui ou no estádio, que ainda se propõe a trocar algumas ideias sobre futebol. Isso já dura longos anos e não há mais de onde tirar calma. Não há mais calma nem com jogadores novos, nem com os velhos, nem com treinador e tão pouco com dirigentes, os principais responsáveis por todas estas contratações de anos seguidos. Quando parece que temos sempre o mesmo time, só mudam os nomes.
Com os treinadores alguma diferença, me fazendo sempre lembrar da famosa frase do Edú Coimbra, quando falava que em muitos casos, o papel do técnico de futebol é muito mais de psicólogo do que de treinador. Então, sem time de futebol, não há mesmo muito o que fazer. Argel começa a cair na ladainha de apagar o incêndio que Sandro e Eduardo tentaram apagar, fazendo o papel de psicólogo. Tentando acalmar a torcida, para garantir o emprego, mas sabe que se há uma solução, ela deve ser tentada entre os atletas que ele ajudou a trazer, na montagem deste elenco de 2019.
Argel é responsável pela montagem deste elenco, mas o outro lado desta história é que o que trouxeram, era o que tinha disponível no mercado para o que Samir disse que poderia pagar. O barato que sai caro e quem paga a conta é a paixão do torcedor e a ele mais uma vez pedem calma.
Depois de algum tempo acompanhando o futebol, não é preciso dar muito tempo a alguns atletas. Ver o futebol de alguns, uma, duas ou três vezes, já é suficiente para saber até onde podem chegar. Caso de Iago, Kady, Nathan Mateus Bueno, Vitor Carvalho e outros que vivem uma interminável fase de testes, há mais de um ano, onde já levaram o que restava da paciência da torcida e de alguns cronistas que, ao preferir não queimar o jogador, faz silêncio se calando em nome da boa convivência com o clube.
A relação clube/torcida acontece quando há reciprocidade. Precisa haver volta, ter retorno, como num casamento. Do contrário, um dos lados desiste.
Não há mais de onde tirar a calma, Argel. Há um saco bem cheio com os mesmos problemas, as mesmas histórias que se repetem há muito tempo.
No respeito pelo trabalho de todos, inclusive de dirigentes, o pacto foi o silêncio neste início de ano, mesmo que descordando de alguns nomes trazidos, na esperança que depois de uns dias na casa, participando de um mês das novenas na Perpetuo Socorro, talvez pudessem ser objetos de milagres inexplicáveis. Mas não. Não houve milagre e os de sempre continuam como sempre foram. E dos recém chegados, uma surpresa, Sávio que chegou para a reserva de Mattioni, parece jogar além da conta do nível do próprio Coritiba.
Contra o Toledo, o lateral parecia ser uma exceção num mar de um bando de atletas voluntariosos, mas sem organização, sem técnica e principalmente sem qualidade.
O Coritiba de sempre, dos anos passados. Ainda a espera de um milagre, mas já sem nenhuma calma, meu caro Argel!
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