Arquibancada
A esperança renovada de dias melhores não está no conceito de um dia depois do outro. O momento passa muito mais pelo exercício da paciência que alcança intermináveis períodos, no entra e sai de gestões, de propostas, promessas e agora com a Sociedade Anônima.
Em 114 anos, perdemos a rédea por incompetência administrativa. Gerimos um clube de futebol em pleno século 21 como uma padaria, já dizia o saudoso presidente Follador, o último e quem sabe o único com competência desta geração contemporânea de presidentes, pós- Evangelino.
Como as previsões não aconteceram pela via sonhada e planejada, ficam as conjecturas de que com ele a coisa teria sido melhor, ou no mínimo teríamos tido mais chance de acerto na escolha, antes de entregar o clube na mão do primeiro candidato que apareceu nos oferecendo dias mais tranquilos e colocando o Curitiba nos trilhos. Não, Curitiba não foi um erro de digitação, foi proposital. Seguramente foi a primeira pergunta que os nossos novos administradores não fizeram quando decidiram fazer esta tentativa de fazer do Coritiba um clube empresa. Uma história centenária escrita com U e com Y. Conhecer as características do clube, sua história, o perfil do seu torcedor, da cidade, talvez fosse o primeiro passo para administrar o Coritiba que seguramente não é uma padaria em Curitiba.
As viúvas de Follador, com todo respeito que merece a família - me refiro a nós, seus eleitores e cabos eleitorais, sobrou uma batata quente, que se olhar para trás, não era tão quente assim. Parece esquentar cada vez mais e queimar como um cálice sagrado na mão de um pagão.
Já há quem na sua inocente conjectura torça para que a Treecorp desista do negócio e nos devolva o clube. Uma situação inimaginável há um ano, quando o grupo chegava e começava o que para muitos era o começo de uma etapa nova e de retorno glorioso do Coritiba ao futebol brasileiro.
Pra não terminar mais um texto me lamentando, quem sabe a máxima de um dia depois do outro, com sinais de recuperação, seja o sentimento mais adequado para o momento. A torcida para que as pataquadas recentes tenham deixado lições e as correções marquem um recomeço mais competente. Oremos!
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