Arquibancada
“O sentimento é de raiva e indignação, a responsabilidade é toda minha, mas tem certas situações que fogem do conceito tático e estratégia do jogo. Saímos com a sensação de que podíamos ter ganho o jogo, enfrentando o principal time da América do Sul, e jogamos de igual para igual. O Coritiba foi muito valente, mas nesse nível de campeonato, se não souber matar o jogo, a bola te pune”.
Com todo respeito que merece o treinador, o texto acima tem mudanças apenas de algumas palavras, mas de conteúdo é o mesmo de outras derrotas. Outra coisa: faz tempo que o Flamengo não é o "bacanão" da América. Com todo o positivismo que consigo reunir, me parece que o fim desta história é só uma questão de tempo.
Ontem, contra o Flamengo, tivemos alguns lances isolados durante toda a partida, que foram irritando a torcida, pelo menos a mim e uma turma que dividia comigo a arquibancada. Sem poder ofensivo, bola queimando no pé, o terceiro gol foi para fechar se alguém ainda tinha dúvidas sobre a qualidade do elenco. Em outro momento, também no segundo tempo, Jamerson protagonizou uma cena de futebol de churasco. Numa bola rebatida ele pega a sobra, muito distante do gol, lá da intermediária, domina, mata na coxa e manda um balão pra linha de fundo numa clara intenção de se livrar da bola, mais próximo da cena do bate bola familiar, depois de algumas cervejas na cabeça. Este lance somado a outros e também aos dois gols do Flamengo, dizem bem o que tem sido este Coritiba velho de guerra.
Jamerson, Moreno e mais um ou outro que conseguiam certo destaque na “terra de cego”, escorregaram quando não podiam escorregar. Uma prova inequívoca que o Coritiba parece ser um problema de saúde pública, um vírus altamente contagioso, capaz de alcançar até quem parecia estar imune.
Vamos precisar de mais 10 Slimanes para melhorar esta qualidade, se é que alguém ainda alimenta a possibilidade de se salvar do rebaixamento.
Ao Coritiba não cabe mais olhar para a tabela a avaliar qualidade do adversário. Não cabe mais entender se o jogo é contra o melhor da américa do sul, das arábias, da oceania, da europa etc, especialmente quando o jogo é em casa. Principalmente tendo isso como alento, quando o que deve importar é vencer, que seja o Combate Barreirinha, o Flamengo, o São Paulo ou o Palmeiras, mesmo que jogue mal, mas que vença. Precisa vencer ou vencer.
Tenho dó de Thiago, tenho dó deste elenco que tem grande dificuldade de se relacionar com a bola, de fazer o que é o mínimo que se espera deles: jogar futebol, simplesmente.
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