Arquibancada
Acima você já tem o título e a capa do livro que lançamos no dia 25 de outubro. Capa que nos honra com o presente que ganhamos da minha amiga, artista plástica, Iara Teixeira.
Finalmente já em processo de edição e diagramação, dentro de um mês teremos em mãos o pensamento de muitos, que se transformou em livro, numa ideia única de uma nação apaixonada.
Meu terceiro livro pelo Instituto Memória, meu primeiro trabalho em livro sobre o Coritiba. Uma experiência nova, diferente e instigante.
Neste trabalho estarão expostas ideias de muitos Coxas, numa linguagem única, é o pensamento de uma torcida, pelo menos dos que se manifestaram ao nosso chamamento, escrevendo, conversando, trocando ideias em reuniões, em e-mails, pelas redes sociais, e principalmente pelo site COXAnautas.
Ainda conto histórias que vivi nos tempos gloriosos do Coritiba. Foram os anos 60 e 70, que a nova geração de torcedores só ouviu falar e que conseguiu reviver em raros momentos, alternadamente nos anos 80, culminando com as vacas magras dos anos 90 e início dos anos 2000.
Um período que teve como marco a famosa canetada da CBF, em 1989, justamente quando o Coritiba teve seu último grande time, na minha opinião melhor que o de 85, quando alcançou a sua maior conquista, o brasileiro de futebol. Muitos concordam, outros não. Para mim o time de 89 foi muito melhor que o de 85.
O livro não é um trabalho de recuperação histórica. São relatos de um torcedor de arquibancada com formação jornalística que presta seu serviço ao clube e à torcida, organizando ideias, alinhavando textos, arredondando pensamentos, transformados nesta publicação.
Esta profissão acabou me dando a oportunidade de em curtos anos, viver mais de perto um período desta história, cobrindo o clube como eventual setorista, já que em Tv não tem esta designação. Sempre somos pau pra toda obra, cobrindo todos os clubes da capital. Nunca vivi os bastidores do clube. Entrava, fazia meu trabalho, conversava, trocava ideias, e assim fui fazendo amigos, buscando informação e construindo meus textos que sempre tiveram o torcedor como consumidor final.
Nunca habitei os porões do Alto da Glória, como costumo dizer. Nunca estive em reuniões de conselho, nunca tive amigos com interesses de circular por este meio.
Hoje vejo toda esta identidade do Coritiba vencedor, da tradição sendo desprezada ano após ano. Em cinco meses transformaram a história Coxa em algo quase que esquecido e até desprezado, tamanha é a vergonha que a atual diretoria submete a torcida neste momento.
Creio na modernização, na gestão de negócios, que precisa ser aprendida pelos homens que querem o comando, que como seus pais ou avós, contaram na brilhante história destes mais de 100 anos do clube.
Agora, no século 21, ou o Coritiba se moderniza ou afunda de vez. Já temos o amor, mas a partir de agora é preciso tratar o clube como um negócio, do contrário, não sobrevive.
Genericamente é assim que tratamos dos problemas atuais, neste trabalho que virou livro que para ser atrativo não apenas nos lamentamos. Também contamos boas histórias de anos gloriosos. De um Coritiba vencedor que jamais deixarão nossas lembranças.
Por enquanto esta memória é o que alimenta a nossa esperança de dias melhores.
Se junte a nós e venha conferir o que fizemos. O lançamento acontece dentro de um mês, no dia 25 de outubro, no Centro de Estudos Bandeirantes, na rua XV, 1050, entre a Tibagi e Mariano Torres, a partir das 6 da tarde. Espero por você.
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