Arquibancada
Dizia meu amigo Ricardo Honório, “não dá pra deixar o time criar raiz na ZR”. Isso ainda foi no começo do campeonato. Pois não é que criou e fincou com uma profundidade de dar medo de não sair mais.
Ainda hoje cedo, segunda-feira 5, gravei um vídeo para as redes sociais, revelando meu medo de não ver mais este Coritiba saindo desta situação tão cedo. Um buraco que por mais que a gente não aceite, vai fundo, logo alcançando a camada do pré-sal.
A filosofia Zago de “criar a mentalidade vencedora” parece não ter efeito algum sobre a limitação técnica do time, não deixando outra alternativa além de ter como única esperança as próximas contratações. Ainda assim, na torcida para que sejam felizes e desta vez acertem e tenham um pouco de sorte, a sorte que só acompanha os competentes.
As distâncias estão se abrindo e logo, sem possibilidade de alcançar o 19° ou o 18º. Quando chegar finalmente o momento da primeira vitória -se é que teremos ao menos este prazer - aí quem sabe seja tarde, porque a distância para o time seguinte na classificação será tão grande que somar três pontos não vai fazer muita diferença. Aí a vaca terá ido para o brejo com as raízes criando limo.
O Coritiba entra num momento perigoso, não só pela apatia interna, como a própria torcida que já parece um pouco anestesiada, comemorando um esboço de reação por ter conseguido marcar um gol no “imbatível Palmeiras”. Tenho a impressão que ou já canamos ou estamos nos contentando com pouco. Acho qeu cansados porque acumulamos fracassos em sucessivos e longos períodos.
Depois de duas rodadas fora de casa, voltamos pro Couto contra o Santos e depois contra o Inter. Não consigo pensar em outra coisa que não sejam duas vitórias, mas com a inevitável pergunta: o que estão fazendo lá dentro pra que isso aconteça? Muito provavelmente nada. Teremos o mesmo time, com as mesmas falhas de marcação, com uma defesa nada confiável, um meio sem criação, um ataque sem força para chegar ao gol adversário e, se por acaso chegar ao gol, já terá tomado dois ou três. Esta tem sido a rotina de um time covarde, sem qualidade que vai mal tratando a bola, a torcida, que se apresenta como clube de um esporte que até aqui nada tem a ver com o futebol.
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