Arquibancada
Criar fatos para ganhar espaço na mídia, é outra virtude que o Coritiba também não tem. Inventaram uma coletiva para o Pastana dar a cara pra bater. Míngue bateu. Se houvesse perguntas, ou cabeças pensantes descomprometidas com as coisas do clube, talvez até pudesse render alguma coisa. Mas não foi o que aconteceu.
À disposição da imprensa para uma coletiva, o diretor de Futebol do Coritiba mais uma vez falou, falou e não disse nada.
Para não responsabilizar só o diretor de futebol, quem sabe se tivesse alguém para perguntar o mínimo necessário, quem sabe a coletiva tivesse sido mais produtiva e interessante. Como não há pergunta, não há resposta.
Em outros tempos, havia diretor de futebol de saco roxo para enfrentar setoristas que marcaram época no clube e no futebol paranaense. É verdade que nunca houve muita contundência, mas havia respeito ao torcedor. Ou pelo menos à inteligência do torcedor.
Como também havia treinadores e diretores que topavam e aceitavam o embate. Por isso, acho que todos somos um pouco responsáveis. Nos, acomodamos com a mesmice, cansados de ouvir tanta bobagem, já nos acomodamos com a burrice reinante, de ambos os lados.
Assim, vamos lentamente desistindo, pelo menos eu, de colocar um pouco de acidez, olhar crítico nestas bobagens que andam nos dando para ouvir e ler.
Me identifico com uma legião de torcedores, cansados destas entrevistas que nada acrescentam, nada dizem e que são feitas até com certa naturalidade e frequência, só para cumprir protocolo, como se não fossemos capazes de raciocinar.
Porque hoje (26), Pastana repetiu as mesmas bobagens que disse no final da semana passada, numa entrevista exclusiva numa emissora de rádio.
Na minha época, quando convocavam uma entrevista coletiva, é porque havia um fato novo. Hoje usam esta designação para repetir bobagens que nada acrescentam.
Sem fato novo, sem soluções para os velhos e requentados problemas, o Coritiba segue em seus dias de “ faz de conta”.
Eles fingem que jogam e dirigem, que se preocupam com os problemas, enquanto nós deveríamos fingir que torcemos.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)