Arquibancada
Sim, de volta! Para minha alegria, principalmente. Com alguns problemas que me impediam de estar aqui com a frequência que gostaria, quase resolvidos. Mas já apto para novamente trocar algumas ideias com vocês. Quem sabe não com a frequência diária de antes, mas com alguma regularidade, se possível. Pelo menos é este o meu desejo.
Foram quase dois meses longe daqui, mas não do Coritiba. Estamos de volta, infelizmente com quase nenhuma novidade. Aliás, as dúvidas de antes deram lugar a mais preocupações. Parece que estamos ficando bons nesta modalidade de acumular problemas.
Atletiba
Como manda a história do futebol do Paraná e confirmada pelas duas últimas finais de paranaense, estamos mais uma vez diante de mais um atletiba decisivo.
Como há dois anos, em 2016, este ano levam novamente vantagem com um favoritismo quase insuperável, se é que com a qualidade do futebol jogado hoje, pode-se apontar um favorito assim, tão acima do adversário, principalmente se a gente levar em conta que se trata de um clássico.
O Coxa –Branca bem informado sabe que não estou exagerando. Se o rival souber fazer o serviço, leva até com alguma tranquilidade. Mas também não posso deixar de lembrar de decisões históricas onde o Coritiba foi o franco favorito e acabou não levando.
A não ser que Sandro Forner tenha nos reservado um milagre nestes dias de treinos, com estudos exclusivos, com formação diferente, com jogadas ensaiadas e principalmente tenha ensinado os fundamentos do futebol a alguns dos nossos atletas. Coisa que não acredito, porque pelo que vimos até aqui, não há milagre que resolva algumas questões muito sérias que tem este time.
Como última lembrança tenho estes dois anos seguidos de atletibas decisivos: em 2016 tínhamos um time melhor que o de hoje, mas eles também. Levaram aquela decisão com um pé nas costas. Demos o troco ano passado, quase na mesma moeda, nos contentando com um magro 0 x 0 na última partida, mas com o serviço feito na primeira partida, na casa deles e com muita folga.
Futebol é momento e o momento deles é superior ao do Coritiba. Esta é a nossa realidade.
Caiu no colo do Coritiba esta final. Foi uma combinação de sorte com incompetência dos adversários que colocou o Coxa em situação de disputar o título do Paranaense de 2018, mas só vence se a mesma sorte e incompetência do adversário forem maiores.
Tenho até a impressão que se pedir sinceridade aos nossos dirigentes, dirão que prefeririam não estar nesta situação, assim como se deram por satisfeitos com a pobre campanha na Copa do Brasil. Talvez preferissem estar de olho apenas no Brasileiro, como já faz desde o começo da semana o Paraná Clube.
Mas como todos nós temos um lado torcedor que se sobrepõe à razão, o meu lado torcedor de agora, ainda espera por um time mais certinho do que vimos até aqui.
Se a falta de oportunidade de treinar era uma das desculpas, agora já não serve mais. Foram 10 dias a mais de descanso ou treino que o adversário não teve. Pelo contrário, se matou em semifinais desgastantes para chegar até aqui.
Confesso que me dou por satisfeito se mostrarem um time mais “azeitado”. Não precisa ser campeão, que pelo menos nos dê a esperança de uma campanha dentro do que precisa fazer na Série B. Em outras palavras, que jogue um futebol minimamente razoável, coisa que ainda não o fez. Isso pra pedir pouco, não exigir de quem a gente sabe que não pode dar muito.
Fica uma ponta de esperança com a chegada de reforços, mas isso é expectativa que apenas vamos conhecer quando o brasileiro chegar.
Que estas caras novas que desembarcam no Coritiba com outras mais que acredito que ainda virão, o Coritiba finalmente tenha um time digno de nosso sofrimento que começa na arquibancada ou em casa pela tv. Que valha a pena sofrer por estes caras que estão nos dando para torcer.
Domingo, primeiro de abril, dia da mentira, é a grande data. Precisa ser o fim de um time mentiroso e o renascimento de um novo, mesmo não sendo favorito.
Que seja um momento pelo menos de ver não só empenho em campo, mas finalmente a mão do treinador, que até agora também não mostrou serviço. O Coritiba ainda tem uma dívida muito grande com sua torcida e precisa começar a pagar. É esta a "dívida" que Samir precisa entender que queremos que seja quitada.
Queremos alma e nada melhor que um atletiba para este começo. Porque assim, estremos mais seguros para a disputa da Série B, se é que ainda temos o compromisso de chegada, no mínimo entre os quatro primeiros.
Seja como for, importa mesmo que antes de tudo renasça um Coritiba forte para o Brasileiro, que precisa ser a prioridade número um de todos no Alto da Glória e este atletiba bem jogado, pode ser um bom começo.
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