Arquibancada
Se você é dos que se dá por satisfeito com pouco, 2x0 em cima do Rio Branco tá de bom tamanho, mas se é um pouco exigente, vai passar a questionar uma série de problemas que não são novidades por aqui.
Pra não ser tão pessimista, vamos então pegar os dois gols feitos pela dupla de ataque, um deles o primeiro de W. Paulista pelo Coritiba. O menino desencanta e fica como uma promessa para os próximos jogos. Tira o peso do atacante que já tá mais do que maduro com a camisa do clube, mas nada de gol. Pronto, o cara fez o dele e abre caminho para muitos... que assim seja!
Também é possível comemorar, claro, o resultado, que neste momento tem um efeito psicológico muito positivo. Se tivesse empatado ou perdido, além de se complicar na caça ao J. Malucelli, também desestimularia o grupo. Afinal, perder ponto em casa para a fraca equipe do Rio Branco, não deveria estar no programa de nenhuma comissão técnica.
Também comemoro a dupla de ataque que parece se acertar a cada jogo. Como detalhe fica o registro da assistência de João Paulo para os dois gols. Rafhael Lucas vai abrindo dianteira na artilharia, agora com 7 gols. João Paulo está mais do que firme e garantido na posição. Assim como Negueba que vai se firmando. João foi o “cara” do jogo, ao lado de W. Paulista, que além do gol, correu e se movimentou bastante, dando muito trabalho pra zaga do Rio Branco.
Mas e o time mesmo, aquele time que a gente espera com pelo menos alguns lampejos de futebol com um mínimo de qualidade? Olha, francamente, a cada rodada me convenço que isto é sonho de consumo, como o de criança que sonha em conhecer a Disney, mas acaba se contentando com Beto Carrero.
Tudo bem que a esta altura do Campeonato pedir qualidade é covardia, nunca ninguém me prometeu isso, mas só um pouquinho, vai! Pra dar graça na brincadeira. É chato sair de casa, pagar o que a gente paga pelo futebol de hoje e ainda não ver qualidade.
Nem a velha conversa de vestiário, o blá blá blá de sempre é capaz de me levar mais no papo. Eu não ouvi rádio e nem li nada a respeito, mas o Marquinhos certamente vai comemorar mais um passo dado, mais um teste feito, vai dizer que sentiu a evolução do grupo... e dá-lhe resenha. Confesso que em certos momentos temi por dormir pela primeira vez num estádio de futebol, tamanha era a sonolência que vinha do gramado em alguns momentos.
Vaná precisa ser no mínimo alternado no gol com Bruno, que chegou recentemente do Criciúma. Já estava 1x0, logo depois do gol de Rafhael Lucas, Vaná saiu mal do gol, quase dando de presente o empate para o Rio Branco, sendo salvo por João Paulo. Embora o Coxa tenha tido domínio total da partida, e com o começo botando muita pressão, um gol do Rio Branco naquele momento poderia mudar a história da partida. Não estamos esbanjando categoria para nos dar ao luxo de tomar mais um gol bobo como o que tomaria naquele momento e que tomou contra o Foz, e que determinou um rumo bem diferente no planejado naquela partida.
Como é bom voltar a comemorar mais uma vitória no Couto. A velha e boa mística dos jogos em casa parece estar de volta, independente do adversário. Lembrei do ano passado, quando os adversários perderam o respeito por nós, e em algumas partidas, também nos surravam jogando em casa. A mística do Couto precisa prevalecer. O Coxa precisa se impor jogando em casa. Seja contra o A. Paranaense, Figueirense, São Paulo, Corinthians Cruzeiro ou Rio Branco de Paranaguá.
Coxa x J. Malucelli
Seguimos para domingo na partida mais difícil e importante do ano até aqui. Partida que muito provavelmente terá sabor de decisão. Certamente o jogo mais difícil desde o começo da temporada. Uma vitória Coxa, pode mudar o rumo das coisas. Quem sabe seja a segurança que ainda não temos e que tanto precisamos.
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