Arquibancada
O ex-presidente, Vilson de Andrade, podia ter tido uma saída menos polêmica. Escolheu o caminho contrário. Como bom perdedor, podia dizer apenas que vai descansar, se dedicar à família e sua relação com o Coritiba passa a ser apenas de torcedor. Sua personalidade não deixou. Abriu a boca para metralhar críticas e apontar responsáveis pela sua derrota nas urnas.
Escolheu Alex e a torcida para isso. Pena, esperava mais deste homem. Aliás, neste momento de despedida, esperava a mesma humildade que teve quando chegou. O mesmo comportamento encantador dos dois primeiros anos.
Com isso, parece ter confirmado o que a maioria já sabia. Dono de uma soberba inabalável, mostrou qual era de fato sua intenção no Coritiba: se projetar nacionalmente para alcançar algum cargo de destaque na CBF, imagino.
Arriscou como primeiro passo o cargo de “aspone” na chefia da delegação na fracassada seleção brasileira na Copa. Não sei sinceramente se não almejava um voo mais alto para os próximos anos.
Nos últimos dias fez até papel de bom menino, no final não se conteve e “chutou o balde”. Pena, francamente esperava mesmo muito mais dele. Estive entre os que o aplaudiram nos seus primeiros anos de gestão, quando nos levou à condição de clube grande, mas que em pouco tempo nos devolveu ao lugar de onde nos tirou. (não confundir com série A e B).
Ontem, à imprensa, disse que perdeu as eleições por causa de Alex e da Império Alviverde, como se nenhum dos dois fizessem parte da história do clube e como se tivesse acertado e feito uma administração impecável.
Francamente não acho que a Império tenha sido determinante, apenas a posição de Alex, nos momentos finais pode ter influenciado alguns eleitores.
Na minha inocência, achei que mais na frente, depois dos ânimos serenados, Vilsão poderia ser útil. Ajudar a unir forças com Bacellar. Não é o que deve acontecer. Suas declarações parecem encerrar esta possibilidade. Vilsão disse que seria apenas um torcedor.
Resta saber para quem ele vai torcer? Contra a administração de Bacellar?
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