Arquibancada
Não porque é moda, não porque é simpático e politicamente correto, não porque sou feminista, mas porque tento respeitar a ideia de direitos iguais, porque há mais luta pela frente, mesmo que estas lutas já contem uma história de mais de 100 anos, quando na Rússia um grupo de mulheres já pedia pelos seus direitos. Avançaram e seguem avançando. 8 de março marca uma data, mesmo que as lutas aconteçam todos os dias.
No futebol, aos poucos ocupam seus espaços. No Coritiba, juntaram-se com seus filhos e fizeram a festa mostrando como é preciso fazer nas arquibancadas, num inesquecível dia de jogo do Coxa, só para elas e seus filhos, sem homens por perto.
Ainda falta respeito nas arquibancadas, ainda falta o básico, falta banheiro, falta espaço, falta homem entender que "lugar de mulher é onde ela quiser" e estádio de futebol também é lugar dela. Não tem essa de achar que estádio é espaço masculino, que futebol é coisa pra homem.
Aos poucos a cena vai mudando, mas ainda é lenta porque como disse, ainda falta o básico. Recentemente, no espaço para a imprensa, no Germano Kriguer, em Ponta Grossa, a jornalista Janaína Castilho denunciou a falta de banheiros para mulheres. No Couto Pereira, eles são quase inexistentes. Não há banheiro família, para as mulheres as opções ainda são poucas. Um pai com uma criança, precisa pedir ajuda a uma mulher para que sua filha possa usar o banheiro que não seja o masculino.
Elas já avançaram, é verdade, conquistaram bons espaços na arquibancada, mas ainda com algum desconforto.
“Gurias do Couto” marca espaço, mas precisam avançar ainda mais.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)