Arquibancada
Não estou entre os pessimistas, mas ainda me assusta muita coisa no Coritiba e o discurso do treinador Guto Ferreira, ainda não me dá segurança de dias melhores.
Guto tem uma conversa política que não gosto. Eleger por exemplo líderes e colocar Fransérgio entre eles, pressagia novas invenções. Pelo menos foi o que entendi.
Quem sabe, um pouco da arrogância do Antônío Oliveira, a truculência de Zago, e a doçura de Thiago Kosloswki, façam bem pra ele e pro Coritiba. Pode ser a receita de um Guto Ferreira mais próximo do que o Coritiba precisa.
Sei mesmo que não gosto do professor Pardal que habita Guto, como não gosto principalmente da forma que conduz psicológica e politicamente o elenco. Não acho produtivo, pelo contrário, tratar o grupo por igual sem definir posições, líderes de fato, ou natos que podem, por méritos liderar de verdade o time, como era por exemplo W. Farias, o último grande líder que o Coritiba teve em campo.
Ainda é clara a falta de alguém dentro de campo que chame para sí esta responsabilidade para organizar a casa nas horas difíceis como foi em Marabá, por exemplo.
Responsabilizar ou elogiar o grupo todo, é muito genérico e político. A não ser nas conversas reservadas, se é que acontecem.
Depois de uma bela vitória como a de ontem, falar o que falou na coletiva se referindo até a quem não esteve campo, é ser político e pouco profissional.
Além de insistir na invenção com Bianqui, errou nominando líderes. Talvez tenha usado mal a expressão quando tentou se referir a outra questão, talvez.
Também falta imprensa para cobrar o treinador da forma correta, como também falta ao Guto finalmente ter um comportamento coerente não só nas escalações, como nas atitudes para finalmente ter o grupo na mão, não só jogando o que precisa, mas para ter além de comandados, também amigos, se é que ele pretende fazer história no Coritiba, e não passar por aqui como fez nos clubes anteriores por onde foi treinador.
Buscar uma regularidade para um bom começo é o primeiro passo. Jogando fácil como ontem, contra o Cianorte, é o que desejo.
Sábado, no Couto, repetindo e alcançando as etapas seguintes, até chegar à final do Paranaense, começo a achar que Guto terá finalmente achado o caminho de um time para ser acreditado e passar pela série B sem sustos, mas até lá vai ter que rever muita coisa, antes que seja tarde.
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