Arquibancada
Clamo pelo fim do período eleitoral no Coritiba. Dificilmente algo determinante vai acontecer nestas últimas horas, que seja capaz de mudar a história do que imagino já estar definido entre os mais de 8 mil sócios aptos ao voto.
Mais um pouco, esta eleição dividira o clube em dois e criaríamos um grupo dissidente. Dois Coritibas seria demais pra todos nós. Mais uns dias de campanha, e sairíamos desta eleição como um Atlético, dividido entre Internacional e América ou um Paraná Clube, cuja história de fusões todos conhecem.
Independente do resultado, claro que todos queremos o Coritiba entre os grandes, como já fomos um dia. Na semana que vem, todos devem se unir em nome deste objetivo, seja quem for o vitorioso.
Nossos adversários são outros, e não os de dentro de casa. Divergir deve ser saudável, mas com respeito. E isto se perdeu em alguns momentos nesta campanha. Não só entre os candidatos, mas especialmente entre torcedores que não sabem lidar com quem não comunga das mesmas ideias.
Durante este pouco tempo de campanha, ouvi e li de tudo. Alguns se excederam, chegando ao ponto até de culpar Alex pela crise técnica e financeira do clube. Chegaram a dar a entender que Alex veio porque quis, por vontade própria, como se tivesse o poder de decidir tudo, inclusive de se impor como contratado a uma diretoria. Como se tivesse pedido para jogar aqui e a diretoria resolveu ajudá-lo. Absurdos que só se ouve mesmo neste calor das eleições. Por isso, jogo tudo isto fora e fico apenas com o que serve: a troca de ideias, visando exclusivamente o crescimento de todos. E com isso, levamos o Coritiba junto.
É a primeira vez que o Coxa elege um presidente numa eleição deste tamanho, com tantos eleitores. Talvez por isso, tenha se perdido um pouco no nível da campanha, mas deixa o aprendizado. Eleição não é arquibancada de futebol. Precisa de um nível maior nas discussões. Não é possível discutir o futuro do clube pensando no que será servido no jantar como prioridade.
Visão estratégica deve ser o foco do trabalho a partir de agora, seja para um “Coritiba Maior” ou com um “ Coritiba, Nós Construímos”.
O processo foi iniciado e com certeza nas próximas eleições seremos maiores.
Que fique também como exemplo o direito das mulheres de também decidir o futuro do clube, coisa que ainda não consegui entender, como funciona e quais são as limitações. Como disse o atual presidente, hoje elas somam 48% dos sócios adimplentes.
Pois que juntos, situação e oposição, CONSTRUAM um Coritiba MAIOR!
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)