Arquibancada
Mais um ponto que vem na conquista fora de casa. Apesar de algumas falhas, a zaga, principalmente o goleiro, são eleitos novamente como os principais responsáveis por este magro ponto que trouxeram de São Paulo. Ainda é pouco, falta muito para acertar a casa e tirar a corda do pescoço. Coisa maluca, mas quando consegue acertar a frente, a frente não pode ser repetida na rodada seguinte. Acerta o meio e o meio também não pode ser repetido na partida seguinte. Cozinha, sala quintal e jardim andam conversando muito pouco.
Agora, surge uma nova expectativa: a volta de Ruy e Gonzales. Justamente os dois que ficaram um longo tempo fora de combate, saindo do time quando pareciam aos poucos se acertar. Agora praticamente liberados pelo departamento médico são novamente esperança, mas é preciso levar em conta que ficaram muito tempo sem jogar e devem voltar sem nenhum ritmo de jogo.
Em meio a esta balburdia que não permite repetir minimamente um time razoável, Carpegiani vai fazendo o que pode. Até aí nenhuma novidade. Afinal, quem se mete a trabalhar com futebol sabe que num campeonato longo como o Brasileiro, é preciso elenco de pelo menos 19 atletas nas mesmas condições de qualidade. Coisa que não temos, sabemos disso. Elenco com qualidade tem efeito quando a troca é necessária, e o time não sente a mudança em campo.
Quando não é por contusão, é por deficiência técnica. E assim vamos experimentando o que dá e o que podemos ter. Um outro problema que passa muito mais por critérios pouco aceitáveis quando montaram este time que aí está.
O ponto trazido de São Paulo, pode ser atribuído a Luccas Claro, Juninho e Wilson. Lucas e Juninho até falharam em alguns momentos nesta partida, mas acabaram dando conta com uma marcação forte imposta aos atacantes do São Paulo.
Quem diria, Wilson crucificado rodada sim rodada não. O mesmo para L. Claro que igualmente na rodada anterior entregou o ouro ao bandido. O mesmo para Juninho que também já comprometeu bastante. Eu mesmo já publiquei aqui textos que não perdoaram, especialmente Luccas Claro.
Futebol é mesmo muito mais fácil do lado de cá, na arquibancada. Apenas para o goleiro Wilson, consigo me fazer de cego e não ver algumas de suas falhas em raras oportunidades. É que com Wilson temos uma grande dívida: a de ter nos salvado do rebaixamento num momento que Vaná era a única opção. Wilson caiu como uma luva ano passado, e precisa ser entendido como um profissional que anda vestindo a verde e branca com muita dedicação.
Regularidade e um pouco de sorte é o que parece que mais precisa o Coritiba agora. Mais uma vez precisamos apostar que Wilson, Luccas Claro e Juninho engatem uma boa série de partidas convincentes. Que Gonzales, Ruy e Juan acertem este meio, ainda pouco criativo. Que Kazim e Kleber se machuquem menos e sejam parceiros eternos, pelo menos até o final deste ano.
Aí estará a sorte que precisamos para colocar em campo o melhor que podem nos dar em uma escalação que se aproxima do que quer a maioria da torcida.
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