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Arquibancada
O desinteresse pelo regional, anunciado pela imprensa, precisa ficar melhor explicado. Como assim, desinteresse pelo regional? Não ficou boa a expressão. Porque na verdade não é isso. Parece que precisam achar uma expressão mais próxima do que tentaram dizer. Na verdade há anos o Regional ficou menor dentro do planejamento de temporada de todo mundo. E mesmo assim, o desinteresse é em termos, porque para alguns serve bastante, pelo menos para avaliar atletas e azeitar a máquina.
O desinteresse pode até ser de um ou outro dirigente, mas nunca foi da torcida e tão pouco dentro do Coritiba, mesmo em administrações anteriores, presumo. Pelo menos acho eu que o Coritiba não está entrando no Regional de 2018 só pra ver no que vai dar. Mesmo quando o rival, em anos anteriores, anunciava tratamento secundário ao Regional, ganhava contestação da própria torcida e da maioria de seus dirigentes, contrariando as ordens do todo poderoso.
No caso do Coritiba, isso me parece não ser bem assim. Entrar no regional com um time com muitas peças vindas da base é o planejamento de um método de trabalho e não um desinteresse como anuncia um jornal/site, na edição deste sábado.
Ao Coritiba não resta outra alternativa, se não usar o que tem na casa, com pontuais reforços para a estreia no Regional, que vai servir de laboratório, mas com muito interesse, porque é nele que a equipe de trabalho saberá se o caminho está certo, se é isso mesmo que precisa ser feito.
Neste período de poucas noticias sempre foi assim. Tudo que se lê na imprensa esportiva, nesta época do ano, geralmente é desdobramento de alguma informação velha, que numa frase solta acaba deixando alguma coisa no ar e acaba ganhando roupa nova e vira notícia nova, com outra cara. A mesma noticia, mas requentada. Conjecturas e suposições é o que tenho visto.
Teremos até o dia 3 de janeiro, muita conjectura e muita suposição e quase nenhuma notícia. Vejam vocês que de uma conversa de Wilson com Benítez, por exemplo, saiu uma informação que o Wilson foi o responsável pela volta do Paraguaio ao Coritiba. Dando ao caso um peso que na verdade é bem secundário, que ganhou notoriedade, apenas porque falta notícia neste período de baixa temporada, com quase nada acontecendo.
Parece clara a informação que no Coritiba não há desinteresse pelo Regional. Apenas será o momento de avaliar o que se planejou para o começo da temporada. Isso ficou claro inclusive na entrevista que o presidente Samir deu à TV-COXAnautas, logo após as eleições, três dias depois de eleito. Nas entrelinhas, Samir diz que antes do início da Série B, já será possível saber o que vai precisar e se de fato algo precisa ser refeito para ajustar o caminho, cuja prioridade é o retorno à Série A.
As conjecturas de colegas, neste momento, só atrapalham. E creio, não se trata de má intenção ou má fé. É só uma questão de interpretação dos fatos. Uma leitura errada de algumas editorias de esporte e de outro tanto de gente que se ocupa da informação do vizinho, para render algo em seu galinheiro.
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14 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
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