Arquibancada
O presidente do Coritiba parece noivo impotente em lua de mel. Esteve com a noiva durante anos, mas só depois do casamento fala das suas dificuldades.
Seguindo a máxima que rola por aqui, começo a achar que muitos podem ter razão, pedindo que o casamento seja desfeito. Mas certo é que o casório só terá fim se o próprio noivo pedir pela anulação do matrimônio, no que não acredito.
Vai tentar a qualquer preço manter o casamento nem que seja preciso o uso do “azulzinho” (citrato de sildenafila), mesmo com o risco de ter uma crise conjugal sem precedentes, com o fim inevitável do casamento, além de problemas colaterais por consequência do uso abusivo do medicamento.
Se a analogia for feita com um casamento de anos, as obrigações são com a rotina, nos últimos meses. Obrigações num casamento que há anos já deixou a fase de lua de mel para entrar no inferno astral e daí não conseguir mais sair. Carrega o peso de ter sido grande, de ter dado conta do recado, e agora não é mais.
Sua exigente patroa não aceita mais esta condição de “marido meia boca”. Em casa ou fora, com ela ou com outra, mas isso agora não importa mais. Sucesso é o mínimo que se espera, porque sempre teve o melhor.
O que ainda é possível discutir, são as condições, fáceis ou difíceis de uma peleja. No mais, não admite que a brincadeira termine nas preliminares. Nem com derrotas e nem empates, seja onde for, em casa ou fora.
Se Samir sabia dos problemas financeiros do Coritiba e achou que mesmo assim teria controle da situação, esqueceu que no seu vácuo teria uma torcida mal acostumada e por isso muito exigente e que por tudo isso, modificaria sua vida muito mais do que poderia imaginar, tendo como principal adversário sua própria gente, onde ele próprio foi criado. A exposição anda sendo pior. Um tiro no pé.
Acredito que Samir esteja vivendo os piores dias de sua vida. Vou além: acho que a esta altura, pelo menos algumas vezes já pensou que voltar ao conselho e às suas aulas na faculdade, seria uma decisão mais inteligente.
Pior é saber que esta segunda etapa de contratações está chegando ao fim. Alisson Farias talvez seja o principal nome que chega e não teremos nada muito além disso. Começamos a apostar que atletas como Simeão, Alvarenga, Benitez, etc. etc. etc. sejam abduzidos ou iluminados pelo divino espirito santo e vivam no Coritiba a melhor fase de suas carreiras.
Que Rusch, V. Carvalho, Thalisson Kelvin, Alex Alves, Bruno, Romércio, Abner e Carlos Cesar, em suas passagens pelo departamento médico, vejam muitos filmes ou vídeos do Coritiba dos anos 60 e 70, e sejam tomados pelo espirito de Zé Roberto, Kosilek, Passarinho, Abatiá, Paquito, Leocádio, Nico, Hermes ...
Como noivo ainda em lua de mel ou veterano num casamento de anos, não dá pra aceitar o atual rumo que estão dando ao Coritiba. É que do lado de cá, ainda resta muito conselho coerente que pode salvar este casamento, mas a teimosia ainda impera e vai sacramentando o fim do romance.
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