Arquibancada
O Coritiba parece aqueles moleques de fundão de sala de aula, da turma da bagunça, que até já cansou da bagunça, mas está psicologicamente abatido e não consegue mais sair dali. Até sabe que se sentar lá na frente, a coisa deve melhorar, mas não tem mais força para a atitude. Com isso vai se acomodando, aceitando a situação que cada vez fica pior.
Pra quem quiser, ou preferir, deixo outra comparação. Uma que fiz semana passada, com prateleira de mercadinho de bairro. Algumas prateleiras bem vazias, só com porcarias, sem nenhum produto de primeira necessidade. É o que também parece este Coritiba que nos deram para torcer.
Escolha a comparação, fique com uma, a que melhor lhe convier, ou se junte a mim e faça a sua. Só que como eu, se prepare para tomar paulada de uma turma dos apaixonados, os que não admitem brincadeiras com uma situação como esta. Por quem quem eu nutro uma admiração especial. Sinceramente respeito e admiro. A turma que nutre amor incondicional pelo clube.
Desde já vou avisando aos mais exaltados, aos mais grosseiros, se é que vão surgir. Não responderei a nenhuma grosseria. Troco ideias, com todos apenas ideias, não acusações ou provocações.
No segundo gol, o da virada, não sabia se chorava ou ria. Era o retrato da fatalidade, da incompetência, da prateleira sem produtos de primeira necessidade. De um grupo moralmente abatido desde o inicio do segundo tempo, sem que alguém conseguisse explicar o que de fato aconteceu, para que o time retraísse, voltasse tanto assim.
A falta de preparo físico ficou clara numa jogada de Negueba pela direita, quando até passou pela marcação, mas já tropeçando nas próprias pernas e caindo mais adiante. Aquela cena me revelou bem a falta de força moral, física, e emocional. O Coritiba não sabia e nem tinha mais força para sair daquela pressão absurda que tomou durante todo o segundo tempo.
Me lembrou os velhos tempos de adolescente quando arrumávamos um joguinho do time da rua contra uns times desconhecidos, mas infinitamente melhores que o nosso e tomávamos uma surra inesquecível. O Corinthians só não fez o serviço antes, porque também não é lá estas coisas.
Não fica muita coisa nova pra ser dita. Patético o time, patético o presidente depois do jogo, patéticas todas as declarações de vestiário. Uma delas, a de Rafael Marques, cobrando dos companheiros que “o Brasileiro não é o campeonato regional”, como se depois de 5 rodadas, só agora vão conseguir entender que o brasileiro começou.
Piá de fundão de sala de aula, da bagunça, abalado psicologicamente que não consegue mais deixar as más companhias e se sentar lá na frente com a turma que estuda, que não sabe mais como fazer para ser um bom aluno.
Virada da raça Corinthiana?
Não, da incompetência Coxa!
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