Arquibancada
Tá difícil pra você? Tá assim pra todo mundo. Renascer não é fácil. O preço que pagamos tá alto, eu sei. Mas assim será até o fim, embora a diferença de pontos para o segundo colocado seja maior a cada rodada. A um preço bem alto, com muito sofrimento, em partidas nada recomendáveis para cardíaco.
O problema tem sido a recuperação de alguns times dados como mortos na competição e premeditadamente enterrados para a briga por uma das quatro vagas. Em relação a anos anteriores, desta vez pelo menos não estamos ressuscitando os mortos. Pelo contrário, estamos estancando o que podia nos trazer problemas, caso do próprio Guarani que vinha de uma série invicta.
Como um dos fatores decisivos nestes jogos, coloco três questões: o nível do time que indiscutivelmente é o melhor dos últimos anos - mesmo que não seja o time dos sonhos - o espírito de luta de todos, especialmente do líder Wilson lider, também tem sido decisivo em momentos críticos, quando a zaga com Castan e Henrique se dá por vencida. Mas principalmente temos a sorte voltando como aliada, que retorna ao Alto da Glória depois de muitos anos. O pênalti cobrado pelo artilheiro Régis, carimbando o travessão é a prova disso. Mesmo que que Waguininho não tenha cometido falta dentro da área, como viu a arbitragem. Prevaleceu a sorte e a máxima que pênalti roubado não entra.
Coritiba de volta à primeira divisão parece ser uma questão de tempo. Com mais seis rodadas quem sabe possamos festejar este retorno. Uma partida de cada vez, e todas com requintes de crueldade com o torcedor. Porque se meter com futebol e não sofrer, principalmente como Coxa-Branca, é impensável. Parece haver um tratado que tira o coração do peito e fica na mão, porque é ele que nos move, que nos faz apaixonados por este clube. Não dá pra ser diferente. Como coração na mão para que a gente lembre que é por este time que ele também bate.
Para os mais otimistas, estamos quase lá. Para os pessimistas já está garantida a permanência na Série B. Aos “cornetas”, sugiro guardá-la para uma outra oportunidade. O momento é de total apoio, irrestritamente, independente da qualidade do futebol apresentado e do sufoco seja lá quem for o adversário.
Me sinto muito à vontade para me colocar desta forma, porque já me apresentei aqui várias vezes como pessimista, torcendo o nariz até mesmo para este time, na inesquecível campanha do campeonato regional deste ano.
Há algumas rodadas temos passado sufoco com adversários menos tradicionais e a nossa história não permite esta situação. Precisamos descer do “salto alto”, admitir e aceitar o momento atual (administrativa e tecnicamente), embora convenhamos, não tá tão duro assim. Aliás, há pelos menos uns 10 anos, nunca esteve tão fácil torcer para o Coritiba.
Vamos subir com o coração na mão. Depois voltaremos a respirar mais aliviados. Depois a gente vê como faz.
O “ e agora, presidente”? fica para depois, na Série “A”, nosso lugar para nunca mais sair.
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