Arquibancada
Nem na segunda divisão a coisa é tão ruim assim. Esta morte lenta, com sofrimento, agonizando, é pior. A vergonha do mal feito, a falta de competência, a exposição onde todos observam e virar piada, é bem pior que a segunda divisão. Na série B pelo menos não chama tanta atenção assim. Estas coisas são até comuns, são admissíveis em times como este do Coritiba. Afinal é segunda divisão. Pois que caia logo e acabe com este sofrimento. Nosso e de todos os que até agora fizeram muita força para isso acontecer e chegar no que se anuncia. Embora digam que estão trabalhando pelo contrário.
Idiota sou eu que ando pensando que vou acordar de um pesadelo que não nunca termina. Há anos sonho com o fim deste pesadelo que não acaba nunca.
Não há novidade, um fato novo, além de tudo que a gente já conversou exaustivamente por aqui. A não ser três situações novas, mas que no fundo a gente também já sabia que um dia, mais cedo ou mais tarde, aconteceria.
São só mais três cenas que colocaram no filme dos meus pesadelos: Kazim chutando de canela na cara do gol (algumas vezes), com a bola passando a uns dois ou três metros por cima do travessão ou quando a bola chega de mansinho na mão do goleiro adversário. A segunda cena é a do Wilson saindo atabalhoadamente, quase dando mais um gol a Kieza. E claro, como terceira cena, o bisonho gol de Juninho. Este lidera a lista dos top 10. A cena é para ser usada quando lembrarem da campanha do Coritba em 2016. Este gol contra de Juninho, representa tudo que todos os responsáveis pela campanha deste ano, fizeram. Desde Kleina, Pachequinho, jogadores e principalmente dirigentes.
Tudo bem, gol contra não é assim um fato raro no futebol, mas este do Juninho é de entrar para a história, pelo menos para a história do Coritiba. É que além do momento do jogo, do time no Campeonato, que exigia concentração máxima, sem tolerância para erro, naquele nível de “grosseria”, é imperdoável. Mas justificável se a gente levar em conta que era o Juninho do Coritiba em mais uma rodada pelo brasileiro.
O lance deve ser lembrado por pelos menos duas razões: a falta de concentração, de entender aquele momento que não permitia erros, como também pela plástica do lance. Bisonho, absurdo, patético, como o Coritiba até aqui este ano. Juninho mais pareceu um jogador de fim de semana, daqueles pançudos peladeiros, que nem de brincadeira pode ser admitido no futebol profissional. Repito, mas que no Coxa de hoje é possível admitir.
Tenho dito com alguma frequência que este time é a cara da diretoria. Pois este gol de Juninho é a cara de todos eles, dirigentes e atletas. Ao final da partida, pegaria bem se Juninho tivesse dedicado o gol a seus companheiros e dirigentes.
Resta mesmo quase nada para dizer, a não ser o que já disse agora e em outras oportunidades. Termino com um pedido: gostaria pelo menos que nos poupassem das lamentações, de pedidos de desculpas, de manifestações de “estamos trabalhando”. Isto só irrita ainda mais a já irritada torcida. Sem mais.
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