Arquibancada
Mais alguns dias, mais uns jogos e tudo estará acabado. Será um ano para ser esquecido... ou não. Porque 2018 já foi para a história. Para uma menor parcela, cada vez menos, será período para continuar bradando também nos anos seguintes.
Porque neste grupo também estão os apegados à politica, que em tempos de Samir, Vilson, Bacelar e Cirino, não puderam circular livremente pelos corredores obscuros do Alto da Glória. Entre eles estão profissionais do futebol, que se apresentam como torcedores, mas que há muito tempo sabemos quem são. Embora pensem que ainda conseguem o anonimato.
Enfim, problema deles. Enquanto ficarem apenas no barulho e continuarem proibidos de circular pelo CT e pelo Couto, está bem assim. Embora esta lista precise aumentar, porque ainda circulam por lá muitos indesejados.
Mas nossos problemas são maiores que estes. Agora reside na impossibilidade administrativa de Samir. Na incapacidade de gerir um clube e disso parece que precisamos de mais ou menos 750 dias. Pouco mais de dois anos que ainda não sabemos se o clube resiste, tamanha a incompetência de seus atuais gestores e o estrago que estão fazendo.
Pra mim, pouco importa se com Samir, com Cirino, Gionedis, Vilson, Bacelar, Evangelino, Bayard, Joel, ou Jacob. Qualquer um deles, mas que nos devolva o Coritiba. Ou pelo menos a esperança de tê-lo de volta. Porque para 2019, Samir nos oferece um quadro ainda pior. Sem dinheiro, sem time, sofreremos de novo. E o passo seguinte será mesmo o fim do poço que ainda parece não ter chegado, mas pelo caminho tomado, está logo ali na frente.
Os apelos de “Fora Samir”, os protestos contra tudo que foi o Coritiba em 2018, parece não sensibilizar. Pelo contrário, chega a níveis irritantes porque Samir se apresenta cada vez mais dono do pedaço, sem que toda esta movimentação de protestos e de contras, o abale.
Ou alguém muito forte faz um trabalho de resistência ou o presidente sofre de alguma psicopatia que talvez precise de um acompanhamento profissional, antes que ponha tudo a perder e como Nero, dos camarotes do Couto Pereira, assista o Coritiba em chamas nestes próximos dois anos.
Não lembro de ter visto tanta convicção, mesmo que com argumentação pobre e fraca, ainda seguir em defesa de suas teorias e ainda se mantenha convicto nos planos como se de estivesse mesmo no caminho correto.
Samir deve exercer uma influência muito grande entre seus seguidores, para ainda se manter no poder.
Pior, convicto sem ser contestado, sem admitir a possibilidade sequer de mudança no rumo do clube. De não admitir o fim dos erros graves que vem insistentemente colocando o Coritiba nesta situação perigosa. De não enxergar o óbvio, de teimar no erro... só pode ser algo de quem nunca podia ter tido o poder de decisão como foi dado a Samir. Agora parece tarde. Sem que um estatuto ou um conselho sejam capazes de pôr fim a isso. Mais difícil é cruzar os braços e esperar por mais estes dois anos de Samir à frente da presidência do Coritiba.
Na sua última aparição pública, na famosa entrevista à Banda B, ainda havia a expectativa de muitos da torcida, em ouvir no mínimo uma mudança de rumo. Mas não, apenas se desculpou pelos “poucos” erros cometidos e segue o curso com o mesmo planejamento obsessivo, achando que ainda há o que comemorar e ainda ousa a transferência de responsabilidades.
Enquanto isso, a torcida, o maior patrimônio do clube, vai desistindo e ficando pelo caminho, não se sujeitando mais aos delírios de Samir e sua turma.
O começo de 2019 será vital para a saúde, não só do Coritiba, mas do próprio presidente. Porque enquanto muitos ficam pelo meio do caminho, cansados de protestar, assim como eu e milhares de torcedores, outros mais persistentes seguem. Só que entre eles, estão outros igualmente malucos capazes de loucuras pelo Coritiba.
Assim como há maluco para copiar Nero, também há maluco para desafia-lo, capaz de aceitar o combate.
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