Arquibancada
Lembro bem que no começo do brasileiro, ainda sob o clima da conquista do Paranaense, eu pedia uma trégua a nossos dirigentes, mesmo sabendo que não mereciam, mas em nome do Coritiba, da situação que parecia estar estabilizada no departamento de futebol.
Julgava ser melhor não mexer em m... porque podia feder. Quanto mais longe ficássemos daquilo, melhor seria para o Coritiba. Os problemas internos deveriam ficar para serem resolvidos depois, já que o momento era bom. A politica do clube não deveria interferir no futebol. Certo ou errado, era melhor não mexer. Afinal, as coisas funcionavam.
O momento passou e a m... foi mexida. Fedeu ... está fedendo e parece que vai feder ainda mais. Algo de podre no reino Coxa-Branca parece ter se alterado. Digo parece, porque daqui de fora, apenas podemos supor. Mas diante dos últimos acontecimentos é o que nos resta... apenas supor.
E já que não nos contam o que se passa além dos muros do CT, do lado de cá vamos supor.
Nesta discussão, prefiro não levar em conta o principal problema, que é o departamento de futebol, se Pachequinho fica ou sai, se um meia salvador da pátria vem ou não.
Convido vocês a duas reflexões. Keirrisson e a recente contratação, o alemão Alexander Baumjohann. Curiosamente duas contratações ligadas diretamente a ações trabalhistas milionárias: e da Lincoln e Keirrisson. E neste caso não é apenas conjectura, Gilberto Griebler deixa isso claro, numa entrevista publicada no Portal Bandab, que ainda está disponível no site.
Entre muitos assuntos, como salários, dívida e negociação de jogadores formados na base, Griebler fala algo que chama a atenção pela coincidência dos fatos, da atualidade dos assuntos: Lincoln e Alexander Baumjohann. Diz o vice-presidente do Coritiba : “Agora estamos em pleno trabalho em cima da ação do Keirrison que é pesada para o Coritiba e precisamos paga-la. Vai ter uma audiência em 1º de agosto e é uma divida alta de R$ 3,6 milhões. A do Lincoln conseguimos fazer uma postergação porque demos em garantia parte do CT da Graciosa. Então, ainda temos negociações pela frente.”
Curiosamente dois temas que desaguam no departamento de futebol e que não deveria ser assim. Embora não esteja presenta fisicamente, Lincoln também aparece, mas representado pelo alemão. Os dois, Alexander e Keirrison, lá dentro do CT treinando com o grupo, brigando por uma vaga no time, mas oferecendo o que já conhecemos. Suas limitações, contusões, idade, que os limitam etc e tal. Duas ações trabalhistas vagando pelo CT, entram como moeda de troca, que levariam muito dinheiro do clube, e entram pela porta do departamento de futebol para aliviar uma enorme dívida.
Entendam, nada contra as negociações. Aliás, elas precisam ser feitas, e ajudam mesmo o clube a pagar compromissos não cumpridos, mas isso não precisa passar pelo departamento de futebol, o tornando mercadoria de troca, deixando o clube com cara de quem negocia tudo no mesmo nível amador, em qualquer circunstância. O reflete na departamento de futebol e explica a queda na qualidade que anda despencando assustadoramente, igualmente amador, como são seus dirigentes.
Só mais uma pergunta: isto também explicaria o caminho de contratações como a de Filigrana, Daniel e tantos outros que ainda não disseram o que fazem estes atletas no Coritiba?
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