Arquibancada
Tudo bem, vamos levar em conta que é começo de temporada, mas não é novidade para ninguém que o Coritiba ainda precisa de muito acerto. Muito mais até do que podemos supor. Principalmente coletivo. E esta preocupação fica ainda maior quando lembramos que ela é crônica, já faz aniversário de um ano. Isso vem desde quando o grupo foi formado na pré-temporada 2015. Os últimos três treinadores que comandaram o Coritiba, não conseguiram dar um padrão tático para o time, e entre tantos problemas, talvez este seja o que agora merece maior atenção.
Mesmo que eu acredite que agora, pelo menos buscam um caminho, ainda não consigo ser tão otimista com o tema e vislumbrar uma solução rápida. No máximo vejo algum esboço de desenho tático, com Kleina, não mais que isso. Se é a mão dele, não sei. Parece que sim. Se as cobranças lá dentro são maiores, também não saberia responder. A verdade é que junto tudo que leio e vejo e diante das muitas conclusões - inclusive a de vocês que aqui comentam – vejo apenas uma diferença para o ano que passou: força de vontade e grande busca com uma vontade enorme de acerto.
A dedicação vista nas últimas rodadas de 2015, que faltou durante todo o ano, e que acabou nos salvando na reta final, parece ser o parâmetro deste início de trabalho. Ou seja, continuamos de onde paramos. Mesmo longe de conseguir convencer, afinal um empate com o Foz e uma derrota para o Toledo não são resultados que gostaríamos de ter como cartão de visitas, para o início de temporada. Começar o ano perdendo nunca foi bom sinal, principalmente dentro de uma modalidade esportiva cheia de superstição e para times de qualidade bem abaixo do que supomos, como Toledo e Foz.
Da partida contra o Toledo, Kleina saiu reclamando de violência. De fato, “porrada” numa partida com esta é um risco muito grande e isso pode ter determinado o comportamento de muitos atletas, e com consequência no resultado. Afinal, ninguém foi até lá para sair machucado e ficar de fora durante todo o resto do ano. O time menor, no caso o Toledo, vai sempre dar mais de si para superar o maior. A coisa se agravou quando Negueba e outros atletas começaram a distribuir chapéus, bola entre as pernas e tudo o mais.
O raciocínio acima é o máximo de positivismo que alcanço, motivado por alguns amigos aqui do Blog Arquibancada, que pedem mais paciência nas críticas, levando em conta o início de temporada. No que eu concordo e faço mesmo muita força para me acalmar e arrumar um pouco mais de paciência. Não sei se por conta da vivência no futebol, mas algo me diz que vocês estão certos. Sinto que este time (embora não tenha mudado quase nada),vai dar mais caldo em 2016 do que deu ano passado, embora não tenha mesmo nenhum motivo para acreditar nisso. Apenas intuição.
Ao mesmo tempo, ainda no final da semana passada, recebo email do financeiro do Coritiba, me chamando para quitar minha pendência com o clube e sair da situação de inadimplência. Diante de tal pedido, confesso, me senti no papel do marido traído. O cara que sabe que não pode mais confiar na mulher (que o trai há anos) - mas mesmo assim, só por amor, aposta mais uma vez na relação e lhe compra, dando de presente mais um colar de diamantes, com isso tentando apagar o passado que a condena.
Lembro também imediatamente do preço absurdo cobrado pela mensalidade, que se no ano passado já estava cara, agora, com quase 100% de reajuste, ficou quase impraticável. Pior, pagar caro para ver e se irritar com apresentações quase amadoras, e de sobremesa assistir a verdadeiros shows de má administração do dinheiro dos outros, como por exemplo aquela pouca vergonha que vimos, quando um dinheiro de origem ainda não explicada, acabou compondo os gastos de campanha de Gomyde, à presidência da Federação Paranaense de Futebol.
Para usar uma frase da moda, esta gente que lá está, não me representa, portanto estou fora. O meu dinheiro anda muito curto para bancar meu amor por você, Coritiba. Amor que continua grande, o amor que paga payperviw, o amor, que contribui na campanha pela estátua do Kruger, o amor que só cresce desde os anos 60 e chegou até aqui explodindo, de tão grande que ficou, mas meu dinheiro você não leva mais. Pelo menos enquanto esta gente estiver por lá, atrapalhando nosso casamento.
Quando sentir saudades, dou uma chegadinha até aí, para dar uma espiada e ver como você está.
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