Arquibancada
Não consigo entender exatamente o que pensa o comando técnico do Coritiba.
A vitória em cima do Guarani mais me preocupa do que alivia, como vi na festa, ao término da partida entre o grupo de jogadores, como se tivesse vencido um grande confronto, contra um grande adversário.
Mesmo que o raciocínio seja festejar a vitória, independente do adversário, porque assim abre caminho para a recuperação da autoestima e quem sabe reencontra o caminho da vitória e terá mais tranquilidade, mesmo assim não é exatamente o que vejo.
Nada deve melhorar além do que já se viu, e não é de agora: o Coritiba ainda é o mesmo time limitado e quase medíocre desde o rebaixamento do ano passado, o mesmo da desclassificação na Copa do Brasil no começo deste ano e do campeonato regional há pouco mais de um mês.
Ainda não encontrei motivos para acreditar que este mesmo time vire a chave como num passe de mágica.
Segue colecionando erros técnicos. Impossível acreditar que a maioria dos atletas passou pela base, sem nota de louvor no fundamento: passe, domínio, cabeceio posicionamento etc etc.
O time do Coritiba é ruim, e não há comissão técnica com Autuori, Alex, Luxemburgo, Telê Santana, Felipão, Tite, Mourinho, Abel que consiga o milagre, dando uma forma próxima do que chamamos de futebol profissional. O problema está no nível do elenco. Somente com a soma de pelo menos seis atletas de qualidade mediana, o problema pode ser resolvido. Mas como isso não vai acontecer, mesmo na janela de meio de ano, aconselho aceitar a manutenção na série B para 2025.
Futebol é mais simples do que parece: ganha ou tem mais chance de vencer quem faz a lição de casa desde criancinha: ou é do ramo ou vai ter que se desdobrar em exaustivos treinos de fundamento. E como o tempo já passou para a maioria do elenco Coxa, agora é tarde. Vai pagar o preço de ser cabeça de bagre, porque depois de grandinho, não há milagre que corrija um adulto viciado em erros. E para nosso azar, temos quase um time inteiro de reprovados no básico, o fundamento. Com muita boa vontade, no Coritiba temos dois ou três atletas com grandes chances de passar de ano sem recuperação: Morisco, Meurer e Ronier.
Por tanto, diminuir o nível de exigência com este grupo, acho que é o que nos resta. Apertem os cintos porque o sofrimento parece nos reservar requintes de crueldade daqui pra frente.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)