Arquibancada
O que importa mais? Vencer, entrar no G4, ganhar finalmente um meio de campo que crie, João Paulo e Simeão conseguindo marcar e errando menos passes, ou manter uma invencibilidade dentro de casa, que também é do treinador que ainda não perdeu? Sem levar em conta que Geovane fazendo dupla com Thalisson Kelven foi melhor que Alex Alves. De tudo isso o que mais te agradou? Ou foi o segundo tempo com queda no rendimento que te assustou mais e precisa ser levado em conta, acima de tudo?
É sempre bom lembrar que a invencibilidade em casa é de poucas partidas. Este mesmo time, ainda este ano, com poucas modificações, também amargou partidas melancólicas dentro do Couto. Onde João Paulo e Simião já foram considerados ovelhas negras e no compto geral, mais devem do que tem crédito.
Quanto a Alisson Farias, sim. Um meio de campo que sabe se movimentar, é talentoso, incomoda o adversário e teve grande responsabilidade pela vitória. Talvez seja o melhor meia que tivemos desde que Alex deixou o futebol. Fez a diferença, pelo menos para uma série B de nível bastante discutível.
T. Kelven e Geavane fizeram uma partida segura porque o Vila Nova chegou pouco. Mesmo porque, finalmente Wilson também quase não foi visto trabalhando. A marcação que João Paulo e Simião fizeram deu esta tranquilidade à zaga.
Quando o Vila Nova criou para chegar ao empate, não chegou ao gol de Wilson muito mais por ineficiência de seus atacantes do que méritos da defesa Coxa. Mas fica registrado que pouco antes do segundo gol, que acabou dando fim ao placar do jogo, não seria injusto dizer que o Vila merecia no mínimo um empate.
Deixei Pablo e Bruno Moraes para o final desta avaliação, porque são mesmo um caso a parte. Neste momento são os dois principais problemas do time. Perdidos, ineficientes e sem nenhum calibre nos passes e chutes. Alecsandro e Kleber, mesmo com todo este tempo de inatividade, me parecem ainda as melhores opções que precisam ser testadas. Ou quem sabe Evandro ou Rafael Lucas. O comando de ataque Coxa ainda é um grave problema que deve tirar algumas noites de sono de Eduardo Batista.
Com todo o contexto criado desfavoravelmente para esta partida contra o Vila Nova, com o país passando por um grave problema de abastecimento de combustível, noite fria, horário inoportuno, o time que não convence vindo de uma partida muito ruim contra o Boa, apostei num público menor que 4 mil pessoas. Mas não, mais uma vez, a grande e apaixonada torcida Coxa disse quem é e que acima de tudo está viva. Que o seu amor pelo clube ainda é grande e pode ser maior do que muitos imaginam. Mesmo nestas condições ainda levar mais de 7 mil torcedores, é digno de registro e muito louvável.
Ainda vale como registro mais uma questão que muitas vezes só se concebe no Coritiba. Para muitos a rodada contra o Boa era o fim de uma tabela de sequência com partidas teoricamente mais fáceis, porque eram times com classificação pior que a do Coritiba.
Os mais pessimistas, ainda reservados, diziam que preferiam esperar pelas partidas contra times na parte de cima da tabela. A primeira delas foi esta sétima rodada com vitória. A segunda será já na terça contra o Londrina, fora de casa. Se vencer e convencer mais uma vez, diremos o quê?
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