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Arquibancada
Dois anos e meio depois, temos finalmente um camisa 10. Se vai resolver nosso problema é outra conversa. Depois da aposentadoria de Alex, o clamor de todo Coxa –Branca parece que vai ser atendido. Com característica de jogar pelo meio e pelos lados, o venezuelano César Gonzales chega para resolver um entre tantos problemas vividos pelo Coritiba nos últimos anos.
Se soma a outros estrangeiros, que hoje chegam ao número de cinco, no elenco Coxa. Mas Gonzales é o único que chega com status de uma contratação mais ousada, exceção do paraguaio Ortega, que também veio como solução para ser o homem- gol, mas sem a mesma fama do venezuelano.
Fazia tempo que o Coritiba não trazia um nome como o de Gonzales, embora ainda esteja longe de poder ser rotulado como o craque inquestionável. Como os outros, vai ter que matar um leão todos os dias para ganhar a simpatia e a confiança da torcida do Coritiba - chamada aqui nesta coluna nas duas últimas postagens de “azeda”.
Título que muitos pegaram para chamar de “seu”, embora a intenção não tenha sido esta. Muito menos de ditar “cartilha” de como torcer para o Coritiba. Quem sou eu para ditar alguma coisa. Um reles torcedor, como outro qualquer.
Gonzales fecha esta primeira fase de contratações para esta temporada 2016. Não joga o paranaense e será usado apenas na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro, que terá seu início em maio.
A estreia deve acontecer na Copa do Brasil, em 14 de abril, no Ceará, em Sobral, onde o Coxa enfrenta o Guarany. Se eliminar a partida de volta (27 de abril), Gonzalez terá que esperar mais um mês para sua segunda partida pelo clube, já que o Campeonato Brasileiro só começa em 15 de maio.
Isso me faz lembrar aquela velha conversa de falta de ritmo. Aliás, coisa que ainda vamos ouvir sobre Kleber, quando voltar no atletiba. Uma possível má jornada do gladiador, terá este argumento como desculpa. “Ah, ficou muito tempo parado e sentiu um pouco a falta de ritmo” , dirá certamente o departamento de futebol. Antes que me condenem por isso também, digo que torço pelo contrário. Que Kleber volte a marcar gols e nos dê uma vitória convincente. Além da vitória, isso também daria a confiança que todos precisam neste momento: torcida e o próprio jogador.
Voltando ao tema Gonzales, ele estava atuando regularmente desde o início de 2016, como titular do Deportivo Táchira, na Libertadores e no campeonato venezuelano.
Na sua chegada a Curitiba, perguntado se está pronto para jogar, o meia foi otimista. Disse que se sente bem e pode melhorar.
Entre tantas perguntas que respondeu ontem, assim que desembarcou em Curitiba, uma resposta me chamou mais atenção: disse que sabe que a torcida é apaixonada e que está bem, mas sabe que pode melhorar, física e tecnicamente.
Gosto disso, de gente que se coloca desafios, que se cobra rendimento melhor, mesmo sabendo que somos chatos, apaixonados e exigentes.
Seja bem-vindo, César Gonzales. Faça do Coxa, sua nova casa!
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24 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
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