Arquibancada
A partida de desligar uma chave e ligar outra. Coritiba e Palmeiras foi um marco para muitos torcedores. Os mais céticos ainda preferiam pegar uma grande equipe para medir força. Pronto, pegamos logo o último campeão brasileiro, o todo poderoso Palmeiras, aliás com dois dos nossos “crias da casa” - Juninho e Veiga. Vencemos.
Algumas teorias ficaram pelo caminho. Mas uma coisa é inegável: a superioridade Coxa durante quase todo o jogo. Não fosse o apagão dos primeiros 15 minutos, o Coritiba teria jogado 100% da sua capacidade de chegar a um brilhante futebol. Não fosse nosso goleiro, não fosse... Esta história teria sido outra se não fosse isso ou aquilo. Esta conversa de “não fosse”, já deveria ter sido banida do futebol, do mundo esportivo. É verdade que Wilson nos salvou com uma defesa brilhante aos 4 minutos de jogo, mas como também é verdade que o goleiro tá lá pra isso e eles às vezes fazem mesmo a diferença. Até o ano passado, vivemos o papel inverso. Então não há porque se apegar nestes se não fosse isso ou aquilo , para justificar a derrota do todo poderoso Palmeiras e a vitória do emergente Coritiba.
Ainda sobra o gol perdido por Iago para se lamentar. Ainda sobra o gol de H. Almeida na primeira etapa, para se lamentar. Posso jogar fora, me dar ao luxo de não levar em conta a posse de bola do Coritiba, que foi maior em todo o segundo tempo. A falta de opções para empatar o jogo, que o time do Palmeiras não teve, por conta da competência da marcação Coxa. Não há por onde... o torcedor Coxa precisa, pode e deve comemorar esta nova fase. Relaxe, você tem mesmo um grande time para torcer e deve se orgulhar disso.
No atletiba levamos um tempo todo (45 minutos) para acordar. Contra o Palmeiras já reduzimos este tempo para 15 minutos. Jogamos contra uma grande equipe que veio pra vencer. Fomos melhores, estamos melhores, somos melhores.
Lá dentro, no CT da Graciosa, sabem que o funil vai ficando cada vez mais estreito. A passagem vai ficar cada vez mais difícil. Não será nem contra Botafogo e nem contra o Bahia que teremos novos parâmetros. As dificuldades serão as mesmas ou piores a cada rodada, vai depender do adversário. A partir de agora a cobrança será ainda maior com o Coritiba - sendo o time a ser batido. Isso é bom porque nos olham com respeito, mas será um olhar com sangue nos olhos. Arrancar um ponto do Coritiba será um troféu a ser exibido. Não temos o que temer. Temos um treinador corajoso, colocando o time pra frente, pra vencer. Temos peças de reposição dando conta do recado. Jonas vai certamente substituir Galdezani à altura, como anda fazendo.
Não coloquem tudo a perder, caso em algum momento surja um tropeço. Isso deve acontecer e deve ser encarado com naturalidade. Deixemos de lado, pelo menos por algumas rodadas, esta mania que nos atormenta há anos, de achar que não merecemos ou não podemos ser feliz.
Bola pra frente e pensamento positivo ajudando o time. Se for pra atrapalhar, guarde sua crítica par o momento certo. Agora não é hora.
Na saída do jogo houve uma tentativa de tumulto da torcida do Palmeiras. Parece que não conseguiram. A policia estava atenta. Dentro de campo, na execução do hino nacional, gritavam o nome do time deles em coro. Uma falta de respeito: com o hino, com o Coritiba, e com os torcedores que se dão o respeito, tanto de um lado como do outro.
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