Arquibancada
Impossível ver o Coritiba assim, liderando a “bezona”, faltando pouco para garantir definitivamente a vaga para a “Série A” do ano que vem e não lembrar de Renato Follador. Não só pela coragem e profissionalismo de dar ao clube finalmente uma administração profissional e séria, mas com pouco, muito pouco mesmo, fez muito... ainda fazendo muito, mesmo que fisicamente não esteja mais entre nós. Porque deixou um legado, um compromisso que ficou ainda maior aos que assumem a sua ideia proposta ainda em campanha.
Não sei se seus companheiros de chapa, que hoje assumem o comando do clube, mas não há uma partida, seja com vitória ou derrota, que eu não lembre da figura de Renato Follador, especialmente de uma de suas frases – “se não der com técnica, dará com raça”. Teremos um time que vai ter que morder o alambrado”. Enfim, se a frase não é literalmente esta, o raciocínio foi este.
De fato, com pouca técnica, mas com o necessário e quando preciso, vem mordendo o alambrado também.
Coritiba e Botafogo começam a desgarrar do terceiro, quarto e até do quinto colocados. Depois da vitória contra o Brusque, também por 3x0, o Botafogo mantém a diferença de 2 pontos do Coritiba, líder.
Na manhã desta quinta-feira, a imprensa nacional destaca muito mais a vitória do Botafogo, do que a do Coritiba (líder). Há espaços dedicados com projeções para a chegada do time carioca entre os quatro primeiros para garantir a vaga de acesso.
Ou já dão o Coritiba como virtual campeão, ou nos ignoram solenemente, o que na minha opinião é bom, porque neste momento quanto menos exposição tivermos, melhor será. E este raciocínio precisa ajudar a manter o foco já anunciado pelo comando técnico: cada partida precisa ser encarada como decisão, embora com alguns tropeços inexplicáveis, com apagões, alguns impossíveis de avaliar. E é deste Coritiba que ainda temo, e que volto a lembrar do eterno presidente Follador. Mais do que nunca, a partir de agora, será preciso encarnar a garra quando não houver técnica.
No meu entendimento, a partir de agora, o foco pode ser dividido em dois. As próximas três partidas, contra o CRB, Operário e Náutico, devem ter como único objetivo a garantia da classificação entre os 4 primeiros. Estarão em disputa 9 pontos e com mais 6 ou 7 imagino que seja possível garantir o acesso. Contra o Goiás, fora, com data ainda não homologada pela CBF, é preciso mudar o foco para terminar a competição como campeão.
Nesta reta final, mais do que nunca, precisa prevalecer o espírito Follador de jogador.
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