Faça seuCadastro
Faça seu
0 
Arquibancada
Estou aqui com vocês desde o ano passado. A primeira coluna foi publicada em 17 de setembro, num meio de semana, no famoso jogo de estreia de Joel, no Couto Pereira, vestindo a camisa do Coritiba, no inesquecível 3x1, com uma das comemorações que acabou no túnel dos visitantes. O texto publicado foi antes da partida, dando boas vindas ao nosso novo atacante que mais na frente de fato nos ajudou a sair do “atoleiro”. O texto teve o título de “Coxa-Negro”.
Naquele dia, nem de longe imaginava também estar escrevendo, ou que mais adiante também escreveria para a torcida adversária. Sim, porque nunca pensei ser este um comportamento normal, o de visitar site de adversário e ainda se manifestar. Visitar certamente para ver como andam as coisas do outro lado da trincheira. Eu pelo menos, nunca tive esta curiosidade e nem sei como eles se manifestam por aqueles lados. Conhecer o inimigo pelas vias normais, da imprensa, pelos jogos, me bastam.
Mas alguns deles andam indo além. Pior, um deles, chegou ao requinte de baseado no último título que publiquei, “Telhado de Vidro”, me localizar pela internet e fazer suas gracinhas usando a rede.
Apenas esqueceu o nobre atleticano, que para isso ele sai do anonimato. A não ser que também tenha se dado ao requinte de criar uma identidade falsa, coisa que não acredito. Mas, com nome e fotos revelados, percebi logo que não se tratava de alguém do meu convívio.
Nada agressivo, pelo contrário, em nenhum momento o rapaz teve comportamento como dos raivosos quebradores de terminal de ônibus. Apenas me chamou a atenção o cuidado que teve de acessar um site exclusivamente frequentado por Coxas, também de se dar ao trabalho da aceitar uma provocação que nem era para ele, e ainda de procurar o autor do texto na internet para confrontar opiniões.
Gente, incomodamos muito mais do que imaginamos.Tenho recebido outras manifestações, também via rede social e email. Umas raivosas, outras não. O volume não é grande, porque não tenho publicado textos comentando o adversário. Apenas “ Telhado de Vidro”, o único, porque dias antes, um outro vermelho e preto já tinha se manifestado - este sim raivosamente - com a derrota no clássico. Desfilou uma soberba bastante peculiar, tentando diminuir o Campeonato Paranaense, se apresentando como se fosse um clube que disputa a Liga dos Campeões da Europa.
As coincidências da semana, com a decisão da diretoria deles de disputar o paranaense com o time principal, teto retrátil, e ainda perder em casa para o Foz, aflorou minha ironia. Por isso saiu "Telhado de Vidro".
Claro, como educado que sou, agradeci a leitura, mas lamentei não poder retribuir a gentileza, até porque as notícias e lamentos, os problemas internos do clube deles, não me interessam. Temos problemas demais e suficientes, e mal damos conta de resolver os nossos problemas, imagine perder tempo e me intrometer no problema dos outros?
Bem –vindos ao mundo real, bem-vindos ao nosso pacato, humilde Campeonato Paranaense - sempre vencido por nós,! Bem vindos ao nosso site, mas sempre na maior cordialidade e respeito, por favor!
Boa leitura!
0
0
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
0 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
1996 - 2024 © com o Coritiba desde a Internet discada.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
