Arquibancada
Educada a sempre desconfiar, a torcida Coxa começa a sair do período de lua de mel com a fase que se sustentou até o meio da semana e prepara a artilharia contra Carpegiani. Mais um resultado negativo, (Deus nos livre) e a artilharia começa a ser disparada. Calma lá!
O divã de um psicólogo quem sabe seja melhor neste momento, antes que os primeiros disparos sejam feitos. É cedo. Claro que será injusto, claro que Carpegiani não é o responsável pelas duas derrotas seguidas, mas além de arrumar um culpado, a torcida Coxa parece ter a necessidade de esbravejar. Fazer um barulho que seja em tom de protesto, para ser ouvida e seu grito alcance os ouvidos do maior número possível de dirigentes, e comissão técnica.
Parece que estamos de acordo com esta inconstância, estes altos e baixos irritam mesmo. E isso assusta. Mas friamente é possível entender se levarmos em conta que não temos elenco, apenas um time que dá pro gasto.
Também não aguento mais estes altos e baixos. Nisso parece que estamos todos de acordo. O que não pode acontecer é deixar que as coisas se misturem e que se perca novamente a mão. Temos um consenso sobre o treinador. Carpegiani faz o que pode, certo? Para mim isto é claro. Faltava um treinador, que agora temos. Só que muitos de nós, há algumas rodadas, começaram a sonhar com o impossível.
Aqui mesmo li muita gente falando em título da Sul- Americana. Parece que não passaremos da segunda fase, e pior, com direito a baile dentro de casa.
A primeira derrota do novo treinador, dentro de casa abalou uma turma que acreditava que uma nova fase estava começando.
No primeiro osso duro fora de casa, com um time infinitamente superior, brigando pelo título, tomamos mais uma lambada, desta vez no Brasileiro.
Como num passe de mágica, o sonho do título da Sul- Americana e uma classificação melhor no Brasileiro, sumiram.
Pois bem, para não alimentar sonhos e nem pesadelos maiores, sugiro que os pés voltem ao chão e continuemos nossas humildes pretensões, jogando para o gasto e mais um ano terminar a temporada ainda na primeira divisão. Com os pés bem plantados no chão. Esta é a nossa realidade.
Se com o um time completo as coisas já não eram fáceis, com meio time no estaleiro, perder para o Palmeiras por 2x1, não é um resultado assim, tão ruim. Triste, eu sei, mas é o que temos para o momento.
Tudo bem que se tivesse alguns titulares, quem sabe teríamos melhor sorte. Se Wilson não errasse (na minha opinião nos dois gols) a gente quem sabe até saísse de São Paulo com um resultado melhor. Se Wilson não alternasse entre boas e más partidas, quem sabe até pudéssemos sonhar com vitórias em partidas mais complicadas.
O fato é que precisamos definir nossa escala de valores. Nossa expectativa não pode ser além do que este time pode nos dar. Não pode ser cobrado nada além do mínimo, que neste momento é o máximo: a primeira divisão para 2017.
Ainda no começo da semana eu dizia e agora volto ao tema: ano que vem podemos quem sabe sonhar com algo melhor, se houver cobrança e não deixarmos os mesmos no comando do clube.
Precisamos limpar os gabinetes, para depois montar um time. E isso é tarefa para 2017.
Para agora é se fechar em torno do mínimo, que é o máximo que este time pode nos dar.
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