Arquibancada
Se seguir batendo no treinador, contribuímos para criar um clima ainda mais hostil dentro do clube. Em recente declaração, Antônio Oliveira parece desafiar o torcedor e não demonstra interesse em agradar a arquibancada. Coisa do seu estilo de trabalho, personalidade que para mim já passa do limite, mas apenas como mais um torcedor neste coro que pede a cabeça dele, apenas me irrito.
Agora Antônio tem na verdade nova chance para arrumar a casa, coisa que acho difícil com este grupo, porque além da incompetência, o grupo é fraco e não será com mais um ou dois reforços que vai conseguir arrumar a panela de pressão que virou o Coritiba.
Neste momento, o treinador não tem clima para ser preservado como treinador, mas com esta longa trégua, certamente vai acalmar a torcida. E seguimos com o abacaxi que na verdade é a leitura que Antônio Oliveira faz do futebol. Sendo assim, mesmo que cheguem reforços mais qualificados para todos os setores que apontamos – quase todos - seguimos com o maior dos problemas que é o próprio treinador.
Lembro sempre de uma frase quando conheci Edú Coimbra, treinador do último grande time do Coritiba, o de 1989, com aquele meio de campo espetacular, de Osvaldo, Serginho, Tostão e Carlos Alberto.
Durante um dos treinos coletivos, no Couto Pereira, Edu dizia para meia dúzia de repórteres que o cercavam - “com este time, apenas distribuo camisa no vestiário”. Claro que Edu brincava diminuindo sua função, tamanha era sua competência não só como jogador que foi, mas como treinador daquele e de outros times que dirigiu. Mas a frase cabe para quem sabe despertar a humildade em Antônio Oliveira, que se até aqui nada fez, sequer tem uma jogada que justifique sua teimosia, com escalações e substituições equivocadas, seu time ainda passa longe da qualidade que teve Edú em 89.
Por isso, é preciso que Antônio Oliveira entenda de futebol muito mais que Edú, porque neste caso, o segredo é achar valências de cada um e reger esta orquestra ainda muito desafinada, com alguns músicos talentosos mas com seus instrumentos desafinados.
Três meses se passaram e nada. Além dos reforços que precisam vir, ainda sugiro que o treinador estude um pouco sobre seu trabalho, converse, troque experiências com outros treinadores, se informe e cresça profissional e espiritualmente.
Também acho seria bem interessante conhecer um pouco da história do clube, pra também entender a sua torcida, já que esperar mais um pouco é a única opção que esta diretoria nos dá.
Então, termino aqui minhas críticas a Antônio Oliveira, pra ajudar a acalmar o já bastante tumultuado ambiente Coxa-Branca.
Oremos!
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