Arquibancada
Esta choradeira que nenhum atleta da atual seleção brasileira e do penta não foi ao velório de Pelé, me confirma o que sempre disse, principalmente sobre os atuais selecionáveis: este pessoal não tem identidade nenhuma com o futebol brasileiro e nunca entendeu e nem se interessou pela importância do futebol dos anos 60 e 70, no Brasil.
Quanto aos selecionáveis do penta, esquecem que antes do cinco vem o três - que teve Pelé como protagonista. Ainda vivem e se encantam com o pedestal construído pela mídia.
Gostar de futebol, é passar por este momento de despedida de Pelé e não conseguir deixar isso pra lá.
Não tenho fotos com Pelé, apesar de ter estado com ele e de ter visto Pelé jogando no auge de sua carreira. Tenho tudo isso guardado na cabeça, como se fosse um filme. Época de Pelé no Santos, quando o atleta foi mais que o clube, tricampeão pelo Brasil na Copa do México e o Brasil sem Pelé na Copa de 74, na Alemanha, quando descobri que Pelé era também maior que a própria seleção.
Pelé conseguiu a proeza de me fazer torcer contra o Coritiba, uma única vez. Foi quando esteve em Curitiba num amistoso preparatório da Seleção Brasileira contra o Coxa, em 70. Nilo foi o lateral da Seleção. Torci por Nilo e Pelé. A seleção venceu por 2x1. Acho que com gols de Jairzinho e Pelé. Não lembro quem marcou pelo Coritiba.
O sentimento era de respeito quando Pelé foi adversário, mesmo quando virou um jogo no Belfort Duarte, fazendo os três gols na vitária do Santos contra o Coritiba, num Campeonato Brasileiro que chamavam de Roberto Gomes Pedrosa.
Além de Rei, Pelé foi “ELE ”. Lembro bem do locutor na TV dizendo: “ la vai ELE… no campo a cena de Pelé conduzindo a bola, parecendo vestir smoking jogando futebol.
Pelé eternizou a camisa 10, popularizou o futebol, fez os americanos chamarem um brasileiro de rei, parou uma guerra.
Copio a frase publicada no Estadão no dia da sua morte: “Morre Pelé, se é que Pelé morre”.
Como disse o próprio Pelé há alguns anos: “vai morrer o Edson, Pelé será eterno”.
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