Arquibancada
Se o Coxa ganhou do Foz por 4, fora, e o Paraná também de 4, só que em casa, o Coritiba tem um time ligeiramente melhor que o Paraná!? A gente sabe que não é esta a medida, embora alguns torcedores façam este tipo de leitura. Na minha opinião, isso pode nos dar pelo menos uma certeza: este ano o Foz é um sério candidato ao rebaixamento. Nem Coritiba e nem ninguém deve “cantar de galo” ao vencer o pobre time do Foz, seja lá de quanto for.
Ao Coritiba, a dedução serve para dar a ideia do que ainda o time não fez e precisa fazer nas próximas rodadas, responsabilidade esta colocada nas costas da diretoria, não só pela torcida, mas também pelos adversários.
Malandramente, o Atlético se eximiu de qualquer responsabilidade, colocando seu terceiro time na competição. Se há anos chamam o regional de “ruralzão”, e a cada competição arrumam uma nova desculpa para mostrar o desinteresse, agora conseguiram fazer dela uma competição com menos atrativos ainda, pelos menos aos olhos de sua torcida. E com isso colocam o compromisso com o sucesso, da conquista do Paranaense, nas costas de Coritiba, Paraná, Operário, Londrina e quem sabe um Cianorte ou Maringá. Desta vez vai ser muito chato ter que explicar mais derrota ao terceiro time deles.
Bem ou mal, agora o regional é o que temos e queremos vencer. Pelo menos eu quero, com o desejo profundo que além de vencer, principalmente acerte o time para as duas principais competições da temporada, Copa do Brasil e Série B. Se passar das oitavas na Copa do Brasil, já estará no lucro. Se ficar entre os quatro primeiros da Série B, terá cumprido seu papel.
Complicado agora, é acreditar que o desejo se cumpra. Além de muito cedo, mesmo com mais uma vitória nesta terceira rodada do Paranaense, contra o Toledo, ainda não nos dirá quase nada. “A ansiedade mata”, diria o sábio. E nos matará antes que tenhamos a resposta para todas estas deduções e suposições, se continuarem a nos judiar como andam fazendo.
“Nos enganem que eu gosto”, talvez seja agora a frase que mais se encaixa no contexto Coxa, que é sentimento da torcida neste momento. Vencer o Foz com goleada não disse nada, porque na rodada seguinte, tropeça no Maringá. Começando o ano em casa, da mesma forma que terminou. Como já disse na coluna anterior, o problema não foi o empate com o Maringá, foi a qualidade do futebol apresentado. Melancólico, sem inspiração, sem encantamento, sem nada a não ser um ponto num magro e pobre 1x1.
Dos mais otimistas, ouço dizerem que este time é melhor que do ano passado. Dos mais pessimistas ouço que este grupo era reserva do ano passado”. Eu digo que é mesmo melhor que o time do ano passado, mas isso não nos dá nenhuma segurança para este ano, porque ainda está longe de ser um time confiável, que no minimo dê segurança ao torcedor. Devo acreditar nisso quando estiver completo, com os novos contratados e mais dois ou três reforços que precisam vir.
O time do Coritiba de 2019 ainda não entrou em campo. É preciso arrumar paciência por enquanto. Quem sabe com os reforços prometidos, a casa não ganha um ar de reforma e fica com cara de time de futebol... quem sabe!
Todo este raciocínio é para ajudar nesta mentalidade pequena, sem grandes pretensões. Porque já é possível perceber um conformismo com toda esta pequenez. Hoje a realidade Coxa passa muito longe do desejo de ter de volta aquele velho Coritiba de guerra.
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