Arquibancada
"Como é que no meio do ano vai tirar um treinador para trazer outro? Quem vai pagar essa conta? A comissão técnica só muda quando vê que é relapsa, quando não trabalha”, disse na sexta-feira (27) o vice José Fernando de Macedo. “Se o trabalho fosse ruim, não estaríamos mantendo”. O dirigente citou outro motivo. “Vai trazer quem? Um treinador de (salário de) R$ 200 mil? Até ele entender a filosofia do clube, já passou metade do Campeonato Brasileiro. Arrisca de estar pior do que estamos”.
O paragrafo acima está publicado no caderno de esporte, do site bemparana.com.br. O que me causa vários tipos de espanto. O primeiro deles é ter que admitir que a incompetência Coxa começa pelos seus dirigentes, na administração, como digo há tempos. Temos um time com a cara da diretoria.
Se são capazes de admitir que Kleina é mantido no cargo apenas porque não há opção, parece que chegamos no fim da linha. Estão esperando que a pressão chegue em níveis insuportáveis e não reste outra alternativa a não ser demitir o treinador. O que me leva acreditar que se isso acontecer, será mais adiante, e quando ou se acontecer, vai ser um níveis de trauma. Brigando já pelas ultimas colocações , tentando fugir do nosso tormento dos últimos anos. Como disse, quando não restar outra alternativa. Será traumático para o grupo, para a torcida e com consequências que vão refletir diretamente nos resultados do time em campo e no desaparecimento de mais torcedores das arquibancadas.
Também é difícil ler ou ouvir o argumento que "se o trabalho fosse ruim”. SE FOSSE RUIM? Como assim? Então você acha que tá bom? Quem vai pagar esta conta? Claro que vocês, José Fernando, que trouxeram ele, quando todos diziam que não daria certo. Teria sido melhor se tivessem mantido Pachequinho no comando. Pelo menos seria alguém da casa, com vinculo empregatício com o Coritiba, e se não desse certo, era só devolver ele ao cargo anterior. Francamente não dá pra entender, José Fernando de Macedo. No mínimo contraditório e vazio, muito vazio seu argumento pró- Gilson Kleina.
Me convenço cada vez mais que na verdade são vocês que precisam sair. E há de existir um jeito para fazer isso acontecer. Nem que isso nos custe anos de lamentações. Que seja apenas este o único canal que tenho para reclamar destas trapalhadas que vocês nos presenteiam. Espero ser ouvido e que surta algum resultado, antes que vocês enfiem o Coritiba num buraco sem volta. Vocês já transformaram o que era prazer em sofrimento. O passo seguinte parece ser o fim do clube.
Não resta muita coisa pra dizer além do que já foi dito. Nos repetimos todos os anos. Ultimamente todas as semanas. Agora motivados por declarações absurdas como esta. Nos dão como opção pagar caro por isso e assistir de camarote o desfile de suas incompetências. Agora podemos escolher entre Pro Tork, cadeiras superiores, inferiores, sociais, arquibancada ou fundão, espremidos com os adversários que riem de nossas lamentações, quando ainda inocentemente, entoamos o mantra do “Eu acredito”!
Vocês nos transformaram em torcedores chatos, reclamões, ranzinzas acostumados com pouco. E agora começamos a experimentar uma modalidade nova nas arquibancadas: DESINTERESSE. Os públicos abaixo de 10, ou 6 mil torcedores, respondem a esta situação. E a tendência é ficar cada vez menor. Seis mil torcedores parece ser o número limite, dos apaixonados incondicionais, grupo que me incluo, mesmo que isso tenha me custado mal humor, desilusão, alguns limões bem azedos depois de nossos últimos fracassos, nestes anos de administrações desastradas no Coritiba.
Seria mais fácil copiar textos publicados anteriormente, mas faço questão de dedicar um capitulo novo nesta história. Para, em crônicas, quem sabe um dia, contar em livro, como um grupo de incompetentes conseguiu acabar com a história de um clube centenário. Até já tenho o título: 100 anos jogados fora!
Preferia estar aqui, na véspera desta quarta rodada do brasileiro, falando de outras coisas mais animadoras, que tivesse o futebol como tema.
Oremos, vamos precisar!
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